10 cidades de Mato Grosso concentram 72% da exploração ilegal de madeira no Estado
22 de julho de 2024
Exploração madeireira. (MPMT)
Davi Vittorazzi — Da Cenarium
CUIABÁ (MT) — Dados do Sistema de Monitoramento de Exploração Madeireira (Simex) mostram que 10 cidades concentram 72% de toda a exploração ilegal de madeira em Mato Grosso. As informações são com base no período de agosto de 2022 a julho de 2023.
O município de Aripuanã (distante 958 km de Cuiabá), localizado na região amazônica do estado, responde por 19,4% de toda a exploração ilegal de madeira. Em seguida aparece Nova Maringá (12,9%), Colniza (9,5%) e Juara (7%). A Rede Simex é composta pelo Instituto Centro de Vida (ICV), Imazon, Imaflora e Idesam.
Segundo o coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV, Vinicius Silgueiro, 64% da exploração registrada ocorreu em imóveis rurais privados com cadastros na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT). “Os dados mostram que ainda existem gargalos a serem superados e mais esforço a ser investido para o monitoramento e fiscalização da atividade madeireira no estado”, disse.
Cidades que mais exploram madeira ilegal (ICV)
O levantamento mostra ainda que 219 mil hectares de florestas nativas foram explorados para fins madeireiros no Estado. Desse total, 170 mil hectares, ou 78%, foram realizados de forma legal, com autorização válida e dentro da área autorizada.
Em relação à exploração ilegal, 48 mil hectares de área, ao todo, foram registradas, o que representa uma redução de 40% quando comparado ao período anterior. Conforme o mapeamento, a prática foi identificada em 230 imóveis, sendo que apenas 20 deles representam 1/3 da ilegalidade nessa categoria. A maior parte dos municípios listados fica no bioma da Amazônia.
“Essa exploração ilegal acarreta em prejuízos econômicos e na degradação florestal, que leva à perda de biodiversidade e do próprio potencial madeireiro, além do aumento da emissão de gases de efeito estufa”, explica Vinicius Silgueiro.
Impactos em TI e Unidades de Conservação
Conforme o mapeamento, a exploração ilegal de madeira nesse período também afetou Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Nas TIs, ao todo, foram 11,4 mil hectares registrados em 13 territórios. Os mais afetados foram as TIs Arara do Rio Branco, Aripuanã e Parque do Xingu.
Nas Unidades de Conservação, o Parque Estadual Tucumã e as Estações Ecológicas do Rio Roosevelt e do Rio Ronuro foram as mais impactadas pela exploração de madeira. Juntas, elas somam 80% da área explorada nessa categoria.
O mapeamento evidenciou uma redução de 42% na exploração ilegal de madeira nas terras indígenas e 82% de redução da exploração em unidades de conservação.
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