2022: a odisseia das eleições que devem ser as mais turbulentas da história

Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. (Divulgação)

Via Brasília – Da Revista Cenarium

Lula em vantagem

O ano de 2021 se encaminha para o fim com um quadro vantajoso para a o ex-presidente Lula (PT) e desfavorável para o presidente Jair Bolsonaro (PL). E um futuro bem estreito de margem para a chamada terceira via, que ainda não disse a que veio. Caso vá mesmo para o segundo turno – já que muitas pesquisas apontam uma real possibilidade de Lula levar a disputa já no primeiro turno, os cenários, hoje, mostram um presidente majoritariamente impopular e dando sinais de mais radicalização.

Narrativa certa

Porém, em contraponto à inflação em alta e à economia com poucas chances de recuperação, ainda há que se levar em conta os reflexos do Auxílio Brasil a R$ 400 e demais medidas de distribuição de renda contidas no Orçamento de 2022, aprovado pelo Congresso. O desafio da terceira via será adotar um discurso que fure as bolhas polarizadas Lula-Bolsonaro que despontam no cenário eleitoral. Ainda é cedo e incerto se João Dória, Sérgio Moro, Ciro Gomes, Simone Tebet e demais postulantes conseguirão achar a narrativa certa.

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Baixo nível

Fake news em abundância, provocações de baixo nível e compra de votos pelos donos das “canetas” devem dominar no processo eleitoral, em que cientistas políticos são unânimes em afirmar que será um dos mais turbulentos da história do País. Confrontos mais violentos entre apoiadores também serão a tônica nas ruas e na web. Afinal, para antever a guerra que apenas está começando, não precisa ser especialista: basta olhar para os últimos pleitos aqui e fora do Brasil, onde os extremistas e seus discursos de ódio predominaram.

Política econômica

Num ano eleitoral, em que os resultados da política econômica pesam sobremaneira no voto, reina a ausência de bússola neste quesito. A falta de sabatinas dos dois indicados para o Banco Central no Senado vai obrigar que algum outro diretor acumule as atividades da Diretoria de Política Econômica a partir de 1º de janeiro. Em 31 de dezembro se encerra o mandato de Fábio Kanczuk e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, informou que ele não vai aguardar a posse do seu substituto.

Acúmulo

O Banco Central ainda não definiu qual diretor vai acumular essa função, no entanto, fontes da Via Brasília garantem que expectativa é a de que as sabatinas de Diogo Abry Guillen (Política Econômica) e Renato Dias de Brito Gomes (Organização do Sistema Financeiro) sejam realizadas em fevereiro na Comissão de Assuntos Econômicos. A próxima reunião do Copom será em 1º e 2 de fevereiro. Apesar de ter seu mandato encerrado em 31 de dezembro, João Manoel Pinho de Mello vai participar da reunião do Copom.

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