‘Cenarium Entrevista’ desta quinta-feira, 20, aborda história, cultura e ancestralidade do movimento negro

O bate-papo da vez é com a quilombola Jamily Souza (Reprodução/Samuelknf)

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS –  A quilombola e vice-presidente da Associação das Crioulas do Quilombo de São Benedito, Jamily Souza, é a convidada do “Cenarium Entrevista” desta quinta-feira, 20. O programa, comandado pela jornalista Andrea Vieira, vai ao ar às 21 horas nas redes sociais (FacebookYouTube Instagram) e no site da Revista Cenarium.

Dentre os assuntos abordados durante a entrevista, a analista de comércio exterior falou sobre a história e questões voltadas ao Quilombo Urbano do Barranco de São Benedito, situado no bairro Praça 14, zona Sul de Manaus.

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O lugar é o segundo quilombo urbano reconhecido no Brasil, são mais de 150 famílias que residem no local existente há 130 anos, simbolizando a resistência de moradores descendentes de escravos maranhenses, considerado Patrimônio Imaterial do Amazonas, ganhou reconhecimento de segundo Quilombo Urbano do Brasil há pelo menos 7 anos.

“Nossos ancestrais sempre nos engrandeceram. Nossa comunidade é unida e o bairro Praça 14 sempre foi conhecido por suas inúmeras histórias”, conta Jamily.

O programa vai ao ar nesta quinta-feira, 20, às 21 horas (Reprodução/Samuelknf/Revista Cenarium)

Amonam e Associação das Crioulas

A convidada da programa também atuou como primeira secretária da Associação do Movimento Orgulho Negro do Amazonas – (Amonam) no período de 2013 a 2015. Enquanto secretária, Jamily organizou material e redigiu toda a documentação solicitada para a certificação da comunidade como Quilombo, junto à Fundação Cultural Palmares, em 2014.

A certificação foi o ponto de partida para a criação do Associação das Crioulas do Quilombo de São Benedito. A associação abre espaço para as mulheres da comunidade produzirem arte, perpetuando as tradições. “Fazemos diversos trabalhos com rodas de conversa, palestras nas escolas e tudo que contribua para o fortalecimento na cultura negra na região Norte do Brasil”.

Festejo de São Benedito

Na entrevista, Jamily não deixou de falar sobre a tradicional festa de São Benedito, o santo a qual a comunidade é devota e que nomeia o quilombo e sobre a imagem do santo presente no festejo.

“A nossa imagem é feita de ‘pau da angola’, é diferente das outras imagens. Quando o técnico da Fundação Palmares veio nos visitar, avaliou que ela tinha mais de 200 anos. São Benedito é o santo da humildade e da benfeitoria ao próximo, não é à toa que somos devotos dele”, explica Jamily.

A festa, de acordo com a quilombola, é uma tradição matriarcal. A comemoração em homenagem ao santo iniciou com suas antecessoras e ao longo do tempo foi popularizada pela conhecida “Tia Lurdinha”.

“Ela foi uma pessoa muito querida e uma das mais populares do bairro. Em 1936, na Escola de Samba Mista do bairro Praça 14, ela junto à tia Lindoca e vó Marina foram uma das primeiras baianas da escola. Já em 1975, é que se tornou na Escola de Samba Vitória-Régia”, explica. Para saber de todos os detalhes, acompanhe a entrevista completa logo mais nas redes sociais e no site da REVISTA CENARIUM.

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