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A comida ‘dos deuses’ indígenas será atração gastronômica da primeira casa de quinhapira do AM
Prato Quinhapira com beijú (Foto: Ana Paula Lustosa)
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24 de novembro de 2020
Victória Sales – Da Revista Cenarium
MANAUS – Biatuwi – casa de quinhapira, a primeira Casa de Comida e Cultura Indígena de Manaus, chega à capital trazendo novidades a culinária amazonense. Localizado no Centro de Medicina Indígena Bahserikowi’i, no Centro Histórico de Manaus, o restaurante será inaugurado no próximo dia 24 de novembro.
O nome do espaço é inspirado na Quinhapira, conhecida como ‘Comida dos Deuses’, em oãmaharã. Ela é um caldo com base de água, farinha e pimenta defumada.
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O espaço é comandado pelos indígenas Clarinda Ramos da etnia Sateré Mawé, Sandra Menezes e Cledson, do povo Tukano, do município de São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro. A ideia para criação do restaurante surgiu da parceria com a chef Débora Shornik, que está à frente do restaurante Caxiri, também localizado no Centro da cidade, com o Centro de Medicina Indígena.
Cultura indígena
Débora conta que durante a feira Terra – floresta viva, que aconteceu no Museu da Amazônia (MUSA), voltada para a cultura indígena, ela teve a oportunidade de conhecer João Paulo Barreto, idealizador do Centro de cultura, medicina e comida indígena, e ficou encantada com os seus dizeres sobre a natureza e benzimentos.
“Fiquei me questionando o porquê de não ter uma comida indígena na cidade, e ele me contou que eles tinham o sonho de ter um restaurante, e que já tinham tentado, mas sem sucesso”, disse a chef.
João Paulo Barreto, indígena do povo Tukano destaca que após a criação do Centro de Medicina Indígena, em 2017, eles perceberam que a maior parte das pessoas que frequentavam o lugar eram não indígenas, e que essas mesmas pessoas estavam ficando doentes por não comerem direito.
“Percebemos que as pessoas que estavam indo lá com a gente, eram pessoas que ficavam doentes muito rápido e não se alimentavam bem, foi quando criamos a ideia de talvez conseguir criar dentro do próprio Centro, um lugar em que as pessoas pudessem comer bem, e além disso, ter uma conexão com a cultura indígena”, ressalta o idealizador.
Segundo João, o projeto é uma oportunidade de expressar a cultura indígena através da comida. “Quando vimos a oportunidade de montar uma parceria de um projeto antigo nosso com alguém que entende melhor do assunto, não pensamos duas vezes”, disse. A Casa de Cultura terá capacidade para acolher 30 pessoas, em cumprimento com as orientações de segurança sanitária recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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