Acnur lança concurso para que refugiados expressem histórias em exposição de arte
17 de setembro de 2020
Todos os anos milhares de pessoas são obrigadas a deixarem suas pátrias em decorrência de crise política, de saúde ou humanitária, no mundo (Divulgação/ Acnur)
Luciana Bezerra – Da Revista Cenarium
MANAUS — Estão abertas, até 15 de outubro, as inscrições para que artistas, ilustradores, cartunistas da América Latina e do Caribe participem da edição 2020-2021 do RefugiArte, uma iniciativa da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), cujo objetivo é conscientizar e sensibilizar as pessoas sobre o drama dos refugiados por meio da arte, além de promover a inclusão e a solidariedade dessas pessoas nos países onde elas foram acolhidas.
Obra da edição 2018, do RefugiArte (Divulgação/ Acnur)
O programa que está na 50 ª edição foi lançado em 2015, na América Latina. Na edição deste ano, a Acnur convida para participação voluntária todos os artistas que possam representar suas culturas e contar histórias de como foi a transição de deslocamento do seu País de origem até o destino final, onde o refugiado foi asilado.
Para mais informações, os interessados devem acessar a página da Acnur, na internet.
Artistas expressam nas obras a dolorosa odisseia vivida pelos refugiados (Divulgação/Acnur)
Edições anteriores
Em 2018, a edição do RefugiArte foi realizada no aeroporto de Quito, no Equador, onde mais de 40 artistas do Brasil, Peru e Argentina expressaram o drama que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a Acnur, os artistas foram encarregados de contar, mediante a arte, a odisseia vivida pelos refugiados, além de fomentar o respeito a quem atravessa essa situação.
Na América Latina, o Brasil é um dos países com maior número de pedidos de abrigo. Em 2017, o País recebeu mais de 148 mil solicitações de asilo e refúgio, de acordo com dados da Acnur. Em janeiro deste ano, a agência da ONU para refugiados parabenizou o governo brasileiro pelo reconhecimento de cerca de 17 mil venezuelanos acolhidos em território nacional.
Ainda segundo informações da Acnur, até o momento, mais de 37 mil venezuelanos foram reconhecidos no Brasil, tornando-se o país com o maior número de refugiados venezuelanos reconhecidos na América Latina.
Número de refugiados no mundo
De acordo com o relatório Tendências Globais, divulgado, anualmente, pela Acnur, mais de 79 milhões de pessoas foram obrigadas, em todo o mundo, a deixar sua pátria, em 2019. Isso significa que o deslocamento forçado dobrou na última década e afeta mais de 1% da humanidade ou seja, uma em cada 97 pessoas se desloca no mundo.
Outro artista retrata sobre as guerras em sua obra (Divulgação/ Acnur)
Ainda conforme dados do relatório, 40% das pessoas deslocadas no mundo são crianças, ou seja, o número de crianças refugiadas (entre 30 e 34 milhões, sendo milhares delas desacompanhadas e sem família) é tão grande quanto as populações da Austrália, Dinamarca e Mongólia juntas.
Em 2019, cerca de 2 milhões de pessoas pediram asilos e 4,6 milhões delas foram apatriadas. Os países que mais acolhem os refugiados são, Turquia (3,6 milhões), Colômbia (1,8 milhões), Paquistão (1,4 milhões), Uganda (1,4 milhões) e Alemanha (1,1 milhão). A maioria dos refugiados são oriundos de países como, Síria (6,6 milhões), Venezuela (3,7 milhões), Afeganistão (2,7 milhões), Sudão do Sul (2,2 milhões) e Minamar (1,1 milhão).
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