Acre e Amazonas enfrentam surtos de diarreia e rabdomiólise

O aumento nos casos de diarreia e da doença da urina preta vem chamando a atenção das secretarias de Saúde dos Estados do Acre e do Amazonas (Reprodução/Internet)
Victória Sales – Da Cenarium

MANAUS – O aumento nos casos de diarreia e da rabdomiólise tem chamando a atenção das secretarias de Saúde dos Estados do Acre e do Amazonas. Desde 25 de julho, cerca de dez cidades acrianas entraram em estado de alerta máximo pelo aumento de casos da diarreia, segundo dados do Núcleo das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (NDTHA).

No Amazonas, desde o dia 22 de agosto, dezenas de moradores apresentaram sintomas da rabdomiólise, chamada popularmente de a “doença urina preta”. De acordo com dados da secretaria de Saúde do Amazonas, os municípios de Silves, Manaus, Parintins, Caapiranga e Autazes já diagnosticaram a doença. No total, são mais de 50 pessoas diagnosticadas com a doença de Haff, nome científico da rabdomiólise.

Casos

Casos de diarreia, no Acre (Reprodução/Internet)

Alertas

No Acre, as cidades Manoel Urbano, Porto Acre, bem como Porto Walter e Senador Guiomard estão com alerta mínimo, mas também já entraram no radar da secretaria da Saúde. Ao contrário desses municípios, a cidade de Tarauacá apresenta 457 casos da doença entre os dias 25 de julho a 30 de agosto, além de possuir alerta máximo.

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Segundo a secretaria, as Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) do município de Cruzeiro do Sul já atendeu 80% dos atendimentos com pessoas que reclamam da diarreia e do vômito. Na última semana, mais de 100 pessoas foram atendidas com os sintomas.

Rabdomiólise

De acordo com nota publicada pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), as autoridades estão investigando as causas dos problemas, mas não confirmaram oficialmente que o surto seja da doença de Haff. “O importante é entender que, se formos comparar o nível de consumo de peixe com o número de casos [de rabdomiólise], a gente vê que é uma relação mínima, porém, não menos preocupante”, diz o infectologista da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, Antonio Magela.

Venda de peixe em feiras, em Manaus (Ricardo Oliveira/Cenarium)

“Qualquer situação que coloque em risco a saúde das pessoas deve ser avaliada com cuidado, as pessoas devem ser tratadas da maneira mais adequada possível e temos que ter preocupação também com o aspecto econômico e nutricional”, informou Magela.

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