Ademar Cardoso nega entrevista ao jornalista Roberto Cabrini


11 de setembro de 2024
Ademar Cardoso nega entrevista ao jornalista Roberto Cabrini
Ademar Cardoso e declaração que negou entrevista (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM)
Ana Pastana – Da Cenarium

MANAUS (AM) – Ademar Cardoso, irmão da ex-integrante do boi Garantido, Djidja Cardoso, voltou atrás e negou a autorização de entrevista que havia concedido ao jornalista investigativo da TV Record, Roberto Cabrini. Ademar e a mãe, Cleusimar Cardoso, estão presos preventivamente sob a suspeita de fundarem a seita religiosa “Pai, Mãe, Vida” para fornecer e induzir pessoas a utilizar drogas psicotrópicas.

Em 29 de agosto deste ano, o juiz Celso Souza de Paula, do Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam), manifestou decisão favorável ao pedido de entrevista alegando dar transparência ao caso e informar à população dos perigos causados pelo abuso de substâncias de entorpecentes de uso veterinário.

Veja a decisão:

Treze dias após a decisão judicial, Ademar afirmou, por meio de uma declaração, que não tem interesse em conceder a entrevista dentro da unidade prisional Centro de Detenção Provisória de Manaus I (CDPM I), no qual está alojado após ser preso no final de maio deste ano tentando fugir da polícia. De acordo com o documento obtido pela CENARIUM, Ademar informou que só vai conceder entrevista quando estiver em liberdade.

Veja o documento:

De acordo com Lei N° 2.711/2001, que regulamenta o Estatuto Penitenciário do Estado, o interno não será constrangido a participar ativa ou passivamente de ato de divulgação de informações aos meios de comunicação social. Ou seja, o preso não é obrigado a conceder entrevista coletiva mesmo que seja decidido judicialmente.

Até o momento, não há informações sobre o cancelamento da entrevista da mãe de Djidja Cardoso, Cleusimar Cardoso.

Caso Djidja

A empresária Djidja Cardoso foi encontrada morta na residência onde morava, no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, em 28 de maio. A morte da ex-item do Boi Garantido levou a uma investigação que resultou na prisão da mãe e irmão da vítima, além de funcionários da família, suspeitos de participar de uma seita que fornecia e incentivava o uso recreativo da cetamina.

A investigação do “Caso Djidja“ foi concluída em junho, com Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão da empresária, respectivamente, indiciados por tortura com resultado de morte, tráfico de drogas e outros 12 crimes. A polícia também indiciou outras nove pessoas que possuíam algum envolvimento no esquema.

Ao todo, 11 pessoas foram indiciados:
  • Ademar Cardoso, irmão de Djidja Cardoso;
  • Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja Cardoso;
  • Verônica da Costa Seixas, gerente do Belle Femme;
  • Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro e maquiador;
  • Claudiele Santos da Silva, maquiadora do salão de beleza;
  • Bruno Roberto Lima, ex-namorado de Djidja;
  • Hatus Silveira, ex-fisiculturista 
  • José Máximo, dono da clínica veterinária MaxVet e responsável por outros estabelecimentos;
  • Savio Pereira, funcionário da clínica MaxVet;
  • Emicley Araújo, funcionário da clínica MaxVet.
  • Roberleno Ferreira de Souza
Leia mais: Inquérito do ‘Caso Djidja’ será concluído com 11 indiciados
Editado por Jadson Lima

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