Advogados da campanha de David no 1º turno cobram pagamentos


Por: Cenarium

14 de outubro de 2024
Prints implicam campanha de David Almeida. (Composição de Wesley Santos/Cenarium)
Prints implicam campanha de David Almeida. (Composição de Wesley Santos/Cenarium)

MANAUS (AM) – Advogados que trabalharam como fiscais pela campanha do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), nas sessões eleitorais durante o primeiro turno cobraram, em um grupo de WhatsApp, o pagamento pela prestação do serviço que está atrasado, de acordo com prints enviados à CENARIUM nesta segunda-feira, 14.

Conforme um dos membros do grupo “Advogados do 70 sem dinheiro“, que pediu para não ser identificado, a campanha do prefeito chegou a prometer pagamentos que variavam de R$ 5 mil a R$ 10 mil aos advogados que atuassem como fiscais durante a votação do primeiro turno, realizada no dia 6 de outubro. O acordo da campanha era pagar honorários advocatícios pelo período de 6h às 17h, além de ajuda para gasolina e almoço.

Um advogado que está no manifesto foi ouvido pela reportagem e disse que tem buscado uma conversa com os coordenadores de campanha, mas, até o momento, não recebeu retorno. Outra jurista complementa que foi prometido um valor, mas depois foi reduzido. “Haviam prometido R$ 800 para trabalhar no dia da eleição, mas dias antes falaram que seria R$ 500“, alegou ela.

O advogado Flávio Sposina confirmou, à reportagem, o recebimento de uma ajuda de custo de R$ 500. Sposina explicou que o trabalho era estritamente voluntário. No caso do advogado aceitar, a campanha concedia uma ajuda de custo.

O advogado adiciona também que, no caso dele, teve apoio da campanha para se deslocar pelas sessões e recebeu alimentação. “Deram uma ajuda de custo de R$ 500. Somente uma pessoa questiona. Ninguém mais falou disso e [a pessoa que criou o grupo] adicionou várias pessoas no grupo para questionar a situação“, afirmou Flávio Sposina.

Acordos cumpridos

Citado na conversa, o conselheiro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e procurador do município de Manaus, advogado Marco Aurélio Choy, esclareceu que não supervisionou a contratação dos advogados. Ele confirma a concessão da ajuda de custo, mas em valor bem inferior ao citado.

Não coordenei a contratação de advogados para atuação no dia do primeiro turno, incumbência desempenhada por outro setor da campanha. Ao que consta teria sido convencionado uma ajuda de custo de valor bem inferior ao alegado no referido print, e consta que o acordado foi adimplido“, salientou Choy.

Leia também: David Almeida caminha para firmar aliança com partidos PT, PSD e MDB

O que você achou deste conteúdo?

VOLTAR PARA O TOPO