África do Sul estende toque de recolher noturno e proíbe venda de álcool para aliviar pressão em hospitais

Filas para comprar bebidas alcoólicas em Soweto, Joanesburgo (Reproduçao/DW)

Caroline Viegas – Da Revista Cenarium

PAÍSES BAIXOS – A África do Sul volta a reforçar as medidas anticontágio até 15 de janeiro. Em discurso televisionado nessa segunda-feira, 28, o presidente Cyril Ramaphosa anunciou, entre outras coisas, que a venda de álcool está proibida e o toque de recolher noturno se estenderá de 21h às 6h.

Conforme Ramaphosa, as novas medidas são necessárias para aliviar a pressão sobre os hospitais. “O comportamento imprudente devido à intoxicação por álcool contribuiu para o aumento da transmissão. Acidentes e violência relacionados ao álcool estão pressionando as unidades de emergência dos nossos hospitais”, disse Ramaphosa no pronunciamento nacional.

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O novo decreto também acrescenta as praias e piscinas públicas que devem fechar nos principais focos de infecção do país como Cidade do Cabo, Joanesburgo, Durban e outras áreas costeiras. E, ainda, ordena o uso obrigatório de máscaras em público, sujeito à multa e prisão o cidadão que for pego sem a proteção facial.

A África do Sul está experimentando um rápido aumento no número de novos casos de corona. No último domingo, 27, o país teve o milionésimo contágio. O aumento pode ser em parte devido a uma nova variante do vírus. A variante sul-africana difere geneticamente da mutação britânica recentemente descoberta, no entanto, assim como a britânica, parece mais contagiosa.

De acordo com Ramaphosa, os médicos já haviam aconselhado o presidente a pelo menos proibir a venda de álcool. Isso levaria a menos internações hospitalares devido a acidentes. Antes disso, o país já havia proibido a venda de álcool duas vezes durante picos da pandemia. A última proibição foi suspensa em agosto de 2020.

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