Agressividade crescente na política tem causado apreensão e instabilidade na economia

O cenário de incerteza eleitoral para 2022 tem movimentado a balança econômica do Brasil (Reprodução/Internet)
Via Brasília – Da Cenarium

Alta temperatura em 2022

O ministro Paulo Guedes disse, recentemente, que a cotação do dólar já deveria estar descendo, mas o “barulho político” impede esse movimento. Para Guedes, o câmbio de equilíbrio seria entre R$ 3,80 e R$ 4,00 por dólar “se estivesse tudo normal”. Só esqueceu de mencionar que é seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro, que comanda e incentiva a “política agressiva”. As apostas são para o aumento da temperatura no ano que vem quando ele disputará a reeleição. Ontem, integrantes do Comitê de Política Monetária aumentaram a Selic para 6,25% ao ano. O índice da inflação no acumulado dos 12 meses até agosto alcançou 9,68% e, para 2022, não há sinais de melhoria nos indicadores econômicos.

Pesquisas

Outro fator que eleva o estresse presidencial, que se reflete nas redes sociais, são as pesquisas de opinião. Em sucessivas sondagens, Bolsonaro segue com aprovação em queda, com destaque para a última feita pelo IPEC, que indica como provável a vitória de Lula no primeiro turno. Petistas comemoraram e atribuíram os números à esperança do povo em um governo do ex-presidente que repita o cenário econômico da era Lula. Aliados de Bolsonaro, claro, ironizaram, e afirmam que o IPEC é o antigo Ibope e publicaram reportagens mostrando erros nas previsões feitas nas pesquisas referentes às eleições de 2018.

Fator Moro

Nas redes, apoiadores de Sérgio Moro pressionam para que o ex-juiz aceite entre na disputa presidencial. O percentual de menções positivas a ele no Twitter, nesta quinta-feira, é de 43%, o que representa um aumento de 8 pontos nos últimos cinco dias. Foi o que apontou uma grande empresa de monitoramento do ambiente digital. O movimento da militância favorável a Moro cresceu com a notícia de que ele estaria no Brasil hoje, para, supostamente, tratar de uma possível candidatura.

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XP na berlinda

Falando em pesquisas, as redes da esquerda reagiram à notícia do jornal O Globo, de que a XP mudaria o sistema de pesquisas eleitorais, após os últimos resultados terem mostrado um crescimento do Lula e um distanciamento numérico de Bolsonaro. Lulistas acusam a XP de querer manipular os números e de não aceitar o suposto crescimento do petista. A decisão da empresa, segundo a notícia, é encomendar pesquisas de vários institutos e não apenas do Ipespe.

Ciro e Datena

Também nas redes, outra movimentação significativa ocorreu quando o presidenciável Ciro Gomes concedeu entrevista ao Datena, na Rádio Bandeirantes. Muitos seguidores do pedetista interpretaram a conversa como uma possibilidade de uma candidatura que una os dois presidenciáveis. Ciro com vice Datena seriam o que o eleitorado deles chama de “verdadeira terceira via”. Bolsonaristas, no entanto, voltaram a atacar Datena, que agora consideram um adversário. Ciristas ajudaram a divulgar a entrevista e reforçaram a ideia de que Ciro e Datena formariam chapa presidencial.

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