Ainda em desvantagem nas pesquisas, Bolsonaro inicia campanha nos maiores colégios eleitorais

(Arte: Mateus Moura)

De olho no eleitorado dos maiores colégios eleitorais, Minas Gerais, São Paulo, Rio e Bahia, a equipe de campanha decidiu dividir as agendas do presidente Jair Bolsonaro e seu vice, general Braga Netto. A ideia é ir além de temas em torno de cultos evangélicos e motociatas. Enquanto Braga Netto vai nesta semana a Barretos e outras cidades paulistas, Bolsonaro vai a São José dos Campos visitar o complexo do Parque Tecnológico. Na sexta-feira, 12, Bolsonaro volta a Minas, e Braga Netto vai ao Rio de Janeiro. No sábado, 13, os dois estarão juntos em Resende, no Rio, em cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman)

Surpresa com pesquisas

Causou surpresa entre alguns interlocutores de Bolsonaro o resultado das últimas pesquisas que apontam que o ex-presidente Lula continua na dianteira. A avaliação interna é que os dados andaram no sentido contrário de alguns levantamentos que registravam recuperação do presidente após o início dos pagamentos do novo Auxílio Brasil, e da redução dos preços dos combustíveis. O lema dos assessores é olhar para a frente, lembrando que contam a seu favor a campanha nas ruas, as inserções na TV, que iniciam dia 26, e o peso da máquina do governo a seu favor.

Programa do PT

O coordenador do programa de governo da chapa Lula-Alckmin, Aloizio Mercadante, apresentou à coordenação da campanha um esboço do que deve ser a versão final do documento. A ideia, segundo Mercadante, é apresentar o programa detalhado até o final deste mês. Antes, Mercadante prepara três ou quatro propostas “fortes” para Lula usar no início da campanha, que começou nesta terça-feira, 16. Os esforços são no sentido de apresentar as propostas na TV para evitar que Bolsonaro se aproprie dos programas do PT como, segundo o ex-ministro, fez em relação aos programas de transferência de renda.

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Arma proibida

A posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi marcada pelo isolamento explícito de Jair Bolsonaro – que ficou num canto cercado apenas de assessores, contrastando com o ex-presidente Lula, desenvolto e sendo abordado pela nata do Judiciário brasileiro. Outro ponto digno de nota foi o espaço que a mídia deu aos discursos de dois amazonenses em defesa da democracia: o corregedor do TSE, Mauro Campbell, e o presidente da OAB nacional, Beto Simonetti. Em meio à posse, circulavam informações de que o número 2 do TSE, Ricardo Lewandowski, deve julgar ainda nesta semana uma ação que pede a suspensão do porte de arma por eleitores no dia do pleito. A tendência da Corte é pela retirada das armas de civis no dia da votação.

Febre ruralista

Levantamento da ONG Repórter Brasil revela que 68% dos deputados da Câmara Federal apresentaram projetos de lei e votaram mudanças legislativas que prejudicam a fiscalização ambiental, os trabalhadores do campo, indígenas, e favorecem atividades econômicas predatórias, precarizam a legislação trabalhista, entre outros retrocessos. As conclusões constam no ‘Rulalômetro 2022’, plataforma de dados sobre a atuação dos parlamentares. São da Amazônia os quatro parlamentares que mais combatem as pautas ambientais: Nelson Barbudo, do PL do Pará; Lucio Mosquini, do MDB de Rondônia, Delegado Éder Mauro, do Pará; e Nicoletti, do União Brasil de Roraima.

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