Alerta Climático: ONU prevê aumento de temperaturas em 2024 em relação a 2023


12 de janeiro de 2024
Homem joga água na cabeça em busca de se refrescar do calor (Reprodução)
Homem joga água na cabeça em busca de se refrescar do calor (Reprodução)

Da Revista Cenarium Amazônia*

MANAUS – Este ano pode quebrar o recorde de calor registrado em 2023, anunciou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira, 12, fazendo um novo apelo pela redução das emissões de gases de efeito estufa para combater as mudanças climáticas.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à ONU, afirmou que a tendência a um aquecimento como o registrado entre junho e dezembro de 2023 seguirá neste ano, ainda sob os efeitos do El Niño.

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês) projetou, por sua vez, que há cerca de 33% de chance de que 2024 seja mais quente que 2023, e 99% de que fique entre os cinco mais quentes já registrados.

Termômetro de rua em Roma mostra temperatura de 40°C. Ao fundo, a cúpula da Basília de São Pedro
Termômetro de rua em Roma mostra temperatura de 40°C em meio a onda de calor em julho de 2023 – Tiziana Fabi – 19.jul.2023/AFP

Celeste Saulo, que recentemente assumiu a chefia da OMM, advertiu que é provável que o El Niño continue provocando um aumento das temperaturas em 2024. O fenômeno costuma estar associado a uma elevação das temperaturas em todo o mundo.

“Visto que El Niño tende a ter seu maior impacto nas temperaturas globais depois de alcançar seu ponto máximo, em 2024 pode fazer ainda mais calor”, explicou Saulo. As previsões da Noaa são de que o El Niño deve começar a arrefecer a partir de abril.

O relatório anual da OMM, que compila várias bases de dados reconhecidas, confirmou que 2023 foi, “de longe”, o ano mais quente entre os registrados. Segundo a organização, a temperatura média anual em 2023 foi 1,45°C acima dos níveis da era pré-industrial (1850-1900).

Este número é um pouco menor que a estimativa do observatório europeu do clima Copernicus. Em seu balanço divulgado na terça-feira, 9, o órgão informou que o ano passado teve um aumento de 1,48°C em relação aos níveis pré-industriais.

O Acordo de Paris sobre mudança climática estabeleceu como meta limitar o aquecimento global a 1,5°C.

Saulo afirmou, ainda, que a mudança climática é o maior desafio enfrentado pela humanidade. “Precisamos reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa e acelerar a transição para fontes renováveis de energia”, destacou.

De acordo com a Noaa, a temperatura global na superfície em 2023 foi 1,18°C superior à média do século 20. Também ficou 0,15°C acima do registrado em 2016, que levava o título de ano mais quente já registrado.

A temperatura subiu especialmente no Ártico, no norte da América do Norte, na Ásia Central, no Atlântico Norte e no leste do Pacífico tropical, indicou o relatório da Noaa.

(*) Com informações da Folhapress

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