Alerta de desmatamento na Amazônia cai 42,5% em 2023, aponta Inpe
03 de agosto de 2023
Área da floresta amazônica (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Pricila de Assis – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nesta quinta-feira, 3, dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) que mostra que o alerta desmate entre janeiro e julho deste ano caíram 42,5%. Essa mudança é um forte sinal positivo, já que no semestre anterior era de aceleração do desmatamento.
A forte redução demonstra que o governo federal tem trabalhado para combater o ritmo frenético das máquinas para derrubar as árvores, por isso chegou à queda de 7,4% nos dados de alerta no período entre agosto de 2022 e julho de 2023 deste ano. Diante deste fato estatístico, existe a possibilidade da redução de devastação nesse primeiro ano de gestão do governo sob o comando de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O secretário-executivo do Observatório do Clima Marcio Astrini explica que os dados falam sobre as perspectivas futuras da floresta amazônica. “O dado mostra que a Amazônia vive de expectativa. Quando você tinha o governo federal defendendo grileiro, chamando madeireiro ilegal de cidadão de bem e atacando indígena, o sinal da ponta era de que toda a destruição seria premiada. Agora o crime entendeu que o cenário mudou e que infratores serão apanhados e punidos. Isso impacta diretamente o desmatamento”, disse.
Ainda para o Astrini falta mais iniciativa de inovação e eficácia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “A estrutura do Ibama não mudou, a legislação não mudou, ninguém inventou nenhuma ferramenta nova. A única coisa que mudou foi a determinação de cumprir a lei”, critica.
Ibama apreende carregamento de Ipê extraído ilegalmente da Terra Indígena Cachoeira Seca, Pará em março deste ano (Vinicius Mendonça/Ibama)
Outras regiões do país
No Cerrado, de janeiro a julho, os avisos do Deter aumentaram 21%. Entre agosto de 2022 e julho deste ano, mais de 6.300 quilômetros quadrados foram desmatados, a maioria deles na região do Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
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