Alexandre de Moraes determina que Ministério da Defesa apresente em 48 horas documentos sobre auditoria de urnas


18 de outubro de 2022
Alexandre de Moraes determina que Ministério da Defesa apresente em 48 horas documentos sobre auditoria de urnas
Inquéritos que investigam os atos estão sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes (Fellipe Sampaio/SCO/STF)
Com informações Infoglobo

MANAUS – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou que o Ministério da Defesa apresente em 48 horas os documentos referentes à eventual auditoria das urnas realizada pelas Forças Armadas. O pedido foi formulado pela Rede Sustentabilidade.

O ministro também determinou que o Ministério da Defesa informe com a fonte do recurso empregado para a realização da auditoria.

Antes das eleições e ao longo do ano, as Forças Armadas insistiram para que o TSE permitissem a realização de mais uma etapa de testes de integridade. No dia da eleição, cerca de 2.050 voluntários participaram do projeto piloto em 58 urnas no país.

No entanto, o resultado ainda não foi tornado público. Segundo a colunista Malu Gaspar, o relatório aponta que fraudes não foram encontradas e o resultado foi apresentado ao presidente Jair Bolsonaro, que não autorizou a divulgação dos resultados.

Antes do TSE, o Tribunal de Contas da União (TCU) também cobrou o relatório do Ministério da Defesa. Na última semana, o presidente em exercício do órgão deu 15 dias para que a pasta apresente as informações.

Pedido da Rede

O pedido original da Rede Sustentabilidade tinha como alvo uma afirmação do presidente Jair Bolsonaro de maio em que ele insinuava que queria contratar uma auditoria privada para fiscalizar o processo eleitoral.

O partido então argumentou que o presidente recorrente atacava o sistema eleitoral também com a finalidade de instigar as Forças Armadas para a “indevida função de Poder Moderador”. O pedido era que Bolsonaro fosse impedido de contratar uma auditoria ou, se fosse autorizado, que fossem estabelecidas regras.

O ministro então avaliou que o pedido estava prejudicado por conta do processo eleitoral em curso, mas “as notícias de realização de auditoria das urnas pelas Forças Armadas” pareciam satisfazer a vontade do presidente.

“Por outro lado, as notícias de realização de auditoria das urnas pelas Forças Armadas, mediante entrega de relatório ao candidato à reeleição, parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo Chefe do Executivo, podendo caracterizar, em tese, desvio de finalidade e abuso de poder”, disse o ministro na decisão.

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