Alexandre Saraiva, ex-superintendente da PF no AM, é investigado por conceder entrevista
24 de agosto de 2021

Com informações da TV Cultura
SÃO PAULO – O ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas (PF-AM), delegado Alexandre Saraiva, disse que a instituição passa por um momento tenebroso e que há uma sanha por parte da direção do órgão em calar servidores. A afirmação consta na defesa dele contra um procedimento disciplinar aberto a pedido do diretor-geral da PF, Paulo Gustavo Maiurino, porque Saraiva participou do programa Roda Viva, na TV Cultura, em junho deste ano, sem autorização formal da direção do órgão.
No documento de defesa, Saraiva diz que no Youtube existem dezenas de programas apresentados por policiais federais e que não existe razão para ser perseguido. Para o delegado, a PF vive um momento tenebroso e afirma que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de reconhecer o direito de manifestação por parte de servidores públicos, vem na melhor hora, ante a sanha de calar policiais.
Como superintendente da Polícia Federal do amazonas, Saraiva esteve à frente da operação Handroanthus, que resultou na maior apreensão de madeira ilegal do País, em dezembro do ano passado, mas foi tirado do cargo em abril, um dia depois de enviar ao STF uma notícia-crime contra o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acusado de atrapalhar medidas de fiscalização.
Na época, Paulo Gustavo Maiurino tinha acabado de tomar posse como novo diretor-geral e afirmou que decisão de substituir Saraiva foi tomada antes dele enviar o documento à corte.