Aliança pela restauração da Amazônia mapeou 2,7 mil projetos para frear desmatamento na região

O plantio de mudas também é uma das técnicas usadas para a restauração de paisagens florestais (Foto: Ecoporé-RO/Divulgação)

Com informações da BBC Brasil

MANAUS – Para frear o acelerado ritmo de destruição da floresta amazônica, um mapeamento inédito divulgado pela Aliança pela Restauração da Amazônia nesta quarta-feira, 9, identificou 2.773 projetos de restauração que atende a cobertura de 113,5 mil hectares da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia.

Mesmo se tratando de uma área ínfima frente aos milhões de hectares desmatados, os pontos mapeados foram analisados com potenciais para serem recuperados. Essa iniciativas são tocadas por organizações da sociedade civil, empresas, agricultores, instituições de pesquisa e governos que foram mapeadas pela primeira vez pela Aliança pela Restauração na Amazônia.

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É o caso do projeto Café Apuí, no Amazonas, em que 59 famílias produzem café orgânico em 33 hectares de sistemas agroflorestais — método de cultivo em que coexistem na mesma área o cultivo agrícola e outras vegetações.

(Reprodução/Instagram)

A iniciativa, que já plantou 32 mil árvores, recuperou antigos cafezais que estavam abandonados por baixa produtividade devido a degradação do solo. A melhor qualidade do café produzido sob a sombra da vegetação mais alta replantada permitiu um aumento de 300% da renda das famílias envolvidas, destaca a publicação feita pela Aliança pela Restauração na Amazônia.

A secretária executiva da Aliança pela Restauração na Amazônia, Danielle Celentano, diz que a recuperação da floresta e o combate ao desmatamento são estratégias que caminham juntas para evitar que a Amazônia chegue ao “ponto de não retorno” (tipping point, em inglês), um patamar de destruição em que a floresta perderia a capacidade de se regenerar e haveria mudanças drásticas e permanentes do ecossistema (como redução das chuva e aumento da seca).

Apenas entre agosto de 2019 e julho de 2020, foram desmatados 1,1 milhão de hectares da Amazônia (alta de 9,5% ante os doze meses anteriores), segundo dados oficiais preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) – cada hectare equivale a aproximadamente um campo profissional de futebol.

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