AM e RO tiveram redução no volume de serviços em dezembro de 2021, mostra IBGE

Profissional da beleza presta serviço de manicure à cliente (iStock)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – O volume de serviços no Brasil obteve, em dezembro de 2021, a décima taxa positiva consecutiva frente a dezembro de 2020, com 10,4%. Frente a dezembro de 2020, esse avanço do volume foi acompanhado por 24 das 27 unidades da federação. Porém, dois Estados da Amazônia estão entre os três onde a atividade recuou no lugar de avançar, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em sentido oposto, Amazonas e Rondônia, que integram a região, recuaram -1,7% e -6,0%, respectivamente. Piauí é o terceiro Estado que também decresceu, com -1,8%.

Leia também: Sem emprego fixo desde 2015, pedagoga amazonense encapa livros para garantir renda

Segundo o instituto, com esse número, o setor de serviços ampliou o distanciamento, com relação ao nível pré-pandemia, situando-se 6,6% acima do nível de fevereiro de 2020, e alcançou seu maior patamar, desde agosto de 2015. Na comparação com dezembro de 2020, os setores de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (14,9%) e o de serviços de informação e comunicação (9,9%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o volume total de serviços.

PUBLICIDADE

“Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,5%) e dos prestados às famílias (21,5%). Em contrapartida, a única taxa negativa ficou com o setor de outros serviços (-4,4%)”, complementou o IBGE.

Leia também: Salário mínimo ideal deveria ter sido de quase R$ 6 mil em janeiro, indica Dieese

O economista Orígenes Martins reforça que o setor de serviços é o maior gerador de recursos da economia e, na pandemia, com as medidas restritivas, foi o setor mais afetado.

“Com a vacinação e a busca pela normalização econômica, o setor de serviços teve esta recuperação já na quarta etapa, contribuindo de maneira inegável para a recuperação do nosso PIB (Produto Interno Bruto). Não devemos esquecer o fato de ter, no setor de serviços, a ligação com a recuperação do emprego, que é gerador de renda, que gera riqueza e, logicamente, todo o processo econômico”, destacou o economista.

“O crescimento do setor de serviços é uma “certidão” do crescimento econômico do Brasil, que muitos insistem em não querer aceitar. Continuo com meu pensamento, que vem desde o ano passado, de que este ano a economia brasileira vai decolar, principalmente, a partir do segundo trimestre”, finalizou Orígenes.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.