AM: sargento suspeito de matar jovem no Natal se entrega à polícia
Por: Adrisa De Góes
27 de dezembro de 2024
MANAUS (AM) – O sargento da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) Edersson Oseias Cordeiro Lira, suspeito de ter assassinado Kennedy Cardoso de Miranda, de 22 anos, em uma festa de Natal, se entregou, acompanhado de um advogado, na manhã desta sexta-feira, 27, na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), localizada na Zona Leste de Manaus.
O policial militar era considerado foragido desde quarta-feira, 25, após a Justiça do Amazonas decretar a prisão temporária dele. A defesa do sargento chegou a informar que ele se entregaria na tarde de quinta-feira, 26, o que não ocorreu.
Miranda, que é lotado na 23ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), no bairro Parque 10, Zona Centro-Sul da capital amazonense, é ex-marido da irmã da companheira da vítima. A família de Kennedy diz que Edersson atirou à queima-roupa.

O crime
De acordo com as testemunhas, familiares estavam reunidos após a ceia quando Edersson, aparentemente embriagado, chegou para visitar a ex-esposa e as filhas. Presentes contaram, à polícia, que o militar questionou se Kennedy “era vagabundo”.
Ofendido, o jovem, ainda de acordo com as testemunhas, disse a seguinte frase ao policial: “Eu tenho cara de vagabundo?”. Logo em seguida, o agente sacou uma pistola e atirou três vezes contra o rapaz.

Um tiro acertou a cabeça da vítima e os outros dois passaram de raspão em dois irmãos da ex-esposa do policial. Kennedy chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Edersson fugiu do local.
PM-AM se manifesta
Em nota, a PM-AM informou que, ao tomar conhecimento do caso, imediatamente enviou uma viatura à casa do agente para averiguações, mas ele não foi encontrado e agora é considerado foragido. “A corporação está intensificando as buscas para localizar e prender o servidor envolvido, a fim de que ele responda pelos seus atos”, disse.
A PM também disse “lamentar profundamente a atitude irreparável do policial militar“, e ressaltou que não aprova quaisquer atos que não estejam alinhados com os princípios da instituição. A corporação reafirmou o “compromisso com a transparência e a responsabilidade na apuração de todos os fatos do crime”.