Amapá é o único estado do País com queda na taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2022, segundo IBGE

O estado passou de 17,5% no quarto trimestre de 2021 para 14,2% no primeiro trimestre deste ano (Reprodução/ Internet)
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua, divulgada nesta sexta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o Estado do Amapá é único do País que apresenta real queda no índice de desempregados, em relação ao cálculo da taxa de desemprego do 1º trimestre de 2022.

O estado passou de 17,5% no quarto trimestre de 2021 para 14,2% no primeiro trimestre deste ano, resultando em uma redução de 3,3 pontos percentuais. Segundo o levantamento, todos os outros estados se mantiveram em situação estável em relação a média nacional de 11,1%.

Mas vale ressaltar que, embora a região tenha amenizado o índice de desempregados, a redução não significa a criação direta de novos postos de trabalho. O IBGE informa, inclusive, que em dezembro de 2021 eram 419 mil amapaenses empregados contra 388 mil em março deste ano.

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Essa queda, contudo, não se deve ao aumento no número de pessoas ocupadas, mas a menor pressão das pessoas sem trabalho buscando ocupação no estado. Houve uma queda de 7,3% no número de pessoas na força de trabalho e um aumento de 10,4% no contingente fora da força”, declara a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy para a página oficial do Instituto.

Um dos gráficos disponíveis na pesquisa (Reprodução/ IBGE)

Outros dados do IBGE

Dentre as informações, consta os chamados “desalentados”, (pessoas acima de 14 anos que por algum motivo desistiram de procurar emprego) neste caso, a taxa foi de 19 para 24 mil, uma alta de 25%. Entre àqueles que estão na lista dos “fora da força de trabalho”, o índice aponta um crescimento de 258 mil para 285 mil, 10,4%.

O estado também apresenta a maior proporção de trabalhadores por conta própria, 35,9%, ultrapassando a média nacional de 26,5%. No 4ª trimestre de 2021, as pessoas empregadas no setor privado com carteira assinada somavam 71 mil, já no primeiro trimestre deste ano, passou para 76 mil empregados neste formato.

Percentuais

Conforme a pesquisa, as maiores taxas de desocupação constatadas ficaram para os Estados da Bahia 17,6%, de Pernambuco 17,0% e Rio de Janeiro 14,9%. As menores são em Santa Catarina 4,5%, Mato Grosso 5,3% e Mato Grosso do Sul 6,5%.

Os maiores índices de trabalhadores por conta própria estão no região Norte do Brasil. Além do Amapá, vem o Amazonas com 35,7%, Pará 34,6% e Rondônia 32,4%. No Pará, inclusive, está ainda o maior percentual de trabalhadores informais com 62,9%. Norte e Nordeste também compõe as maiores taxas percentuais dessas categorias profissionais.

As regiões Sudeste e Centro-Oeste mostram a maior participação da categorias dos empregados com 69,7% e 71,0% respectivamente. Em relação ao número de pessoas ocupadas, a Agência IBGE destaca: “O número de pessoas ocupadas no país ficou em 95,3 milhões, composto por 67,1% de empregados, 4,3% de empregadores, 26,5% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,0% de trabalhadores familiares auxiliares“, informa.

Clique aqui para ler a pesquisa completa.

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