Amazonas inaugura primeira sala de cinema em aldeia indígena


Por: Ana Pastana*

25 de janeiro de 2025
Amazonas inaugura primeira sala de cinema em aldeia indígena
Projeto 'Cine Aldeia' irá estrear sala de cinema pela 1ª vez dentro de uma aldeia (Divulgação)

MANAUS (AM) – O Amazonas vai ganhar a primeira sala de cinema em uma aldeia indígena através do projeto “Cine Aldeia”. A sala vai ser inaugurada no próximo sábado, 1º, na aldeia indígena Inhaã-bé, localizada no Tarumã-Açu, região metropolitana de Manaus. Durante o lançamento, oito curtas-metragens serão exibidos, permanecendo em cartaz nos primeiros meses de 2025. O documentário “Traços da Resistência”, dirigido e produzido pela produtora indígena, Thaís Kokama, também será lançado durante o evento.

O projeto Cine Aldeia é a primeira sala de cinema em uma aldeia indígena da Região Norte e a uma das primeiras no País. Idealizadora do projeto, Thaís Kokama, aponta os avanços para a comunidade indígena por meio de editais culturais. “Atualmente, a aldeia Inhaã-bé, mesmo após o isolamento causado pela Covid-19 e recentemente afetada pela seca no lago Tarumã-Açu, ganhou força com diversas ações culturais e, agora, com a nova sala de cinema, vemos mais uma fase positiva para nós, indígenas, ao sermos inseridos neste segmento cultural”, disse.

Aos interessados, será disponibilizado à população um transporte gratuito que sai do porto da Prainha, localizado no Tarumã-Açu, às 16h, e retorna ao mesmo local de origem por volta das 18h. A entrada será gratuita.

Idealizadora do projeto

Thaís Kokama é uma atuante na causa cultural indígena do Estado. No Instagram, a indígena compartilhou vídeos e fotos que marcaram a evolução e orgulho do surgimento do novo espaço indígena no Estado. “Essa caminhada só foi possível graças ao esforço, à união e à resistência de todos que participaram dos puxiruns da aldeia“, escreveu.

Thais reforça que a estiagem impactou no processo da construção do espaço mas com o esforço da comunidade, foi possível enfrentar as dificuldades. “Muita gente olha o resultado final e admira, mas poucos sabem o quanto foi difícil chegar até aqui. Enfrentamos desafios imensos e a estiagem foi um dos maiores. A terra seca, o sol castigando, os recursos escassos. Mas desistir nunca foi uma opção. Foi um trabalho coletivo, feito com união e dedicação. Cada um contribuiu do seu jeito, com esforço e força de vontade. Trabalhamos como as formigas, incansáveis e organizados. Nosso tuxaua sempre diz que “trabalho de formiguinha é organizado e rápido”, e seguimos essa sabedoria“, disse.

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(*) Com informações da assessoria
Editado por John Britto

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