Amazonenses lançam livros no 1° Salão Internacional do Livro e da Cultura de Genebra

Evento virtual é transmitido no Youtube (Reprodução)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – Escritoras e poetisas amazonenses lançam no 1° Salão Internacional do Livro e da Cultura de Genebra Cultive [1° Salon International du Livre et de la Culture de Genève – Cultive] as obras ‘Antologia Faces e Fases’ e ‘Mulher à Flor da Pele’. O evento cultural e literário é uma iniciativa do “Instituto Cultive Brasil Suíça”, que ocorre virtualmente entre os dias 14 e 18 deste mês, em Genebra, na Suíça, com transmissão no YouTube.

Com o lançamento no evento, as obras ganham uma divulgação mundial. A Antologia Faces e Fases, lançada internacionalmente neste sábado, 15, é uma edição comemorativa do grupo Formas em Poemas, fundado em 2010, com o propósito de levantar a bandeira da escrita e literária no Amazonas e tirar, ainda, poetisas e artistas do anonimato. À REVISTA CENARIUM, a poetisa e escritora idealizadora do projeto, Franciná Lira, contou que a obra mostra as várias nuances da mulher amazonense.

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“O livro mostra as faces e fases da mulher amazônica. São 20 mulheres que escrevem a obra, a maioria, com seus versus e seus poemas. Todos os anos, realizamos saraus com exposição para homenagear as mulheres e este ano, com o isolamento, não podemos estar presencialmente e coincidiu com o evento para divulgarmos a obra”, destacou a escritora e poetisa Franciná Lira.

Franciná também é autora dos livros ‘Rosa e o beija-flor’, ‘As dez poetisas’, ‘A imortalidade amazônica

No livro, da Editora Porto de Lenha, Franciná escreve umas crônicas, como o “Amor de janeiro a janeiro” e a “Carta à fonoaudióloga”, onde ela fala, no primeiro texto, sobre as idas e vindas de um casal apaixonado que comemora a relação amorosa em janeiro. No segundo, a autora mostra a carta em que escreve à fonoaudióloga do neto que nasceu prematuro e recebeu cuidados da profissional.

“O Amor de janeiro a janeiro fala de um amor verdadeiro, sobre o desencontro, do amor que leva anos se arrastando, das idas e vindas de um casal, mas que a gente acaba comemorando anualmente, em janeiro. O outro texto é uma carta que fiz para a fonoaudióloga do meu neto, que nasceu prematuro, e ele fez tratamento com ela”, contou.

Na pandemia…

A antologia surgiu em 2020, em meio à pandemia do novo coronavírus. A escritora e poetisa Silvia Grijó, membro da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil no Amazonas (AjebAM), que também assina o livro, destaca à REVISTA CENARIUM a importância da obra, que passou a ser uma ferramenta para ela para resgatar a coletividade e valorizar o trabalho das mulheres por meio da literatura.

Para Silvia, a literatura dissolve essas diferenças e une as escritoras com a arte poética e com a antologia, mulheres que ainda não tinham publicações feitas mostraram trabalho na obra, que reúne escritoras jovens e experientes.

“Lançar a antologia num evento internacional, não somente para mim, mas como para todas as escritoras que estão fazendo parte da antologia e para as outras escritoras amazonenses, é importante e um passo maior que conseguimos dar, pois o nosso trabalho só estava a nível de cidade. O lançamento foi feito em plena pandemia, não teve um evento oficial com convidados e lançar o livro no salão é muito grandioso para mim”, declarou Silvia Grijó.

‘Mulher à Flor da Pele’

O livro ‘Mulher à Flor da Pele’, da escritora e poetisa Silvia Grijó, apesar de ser uma obra de 2017, será lançado internacionalmente no evento suíço na próxima segunda-feira, 17. A coletânea de poemas retrata os sentimentos da alma feminina e é publicada pela Editora Palavra da Terra.

“É uma obra poética. São poemas que falam de amor, da natureza, das relações humanas, da relação da natureza com o humano. É uma mistura de temática, com temas didáticos, sensuais, com um pouco de erotismo. Escrevo muito dentro da questão erótica, mais sensual, voltado mais para essa sensualidade feminina, o sentimento feminino”, descreve Silvia.

“Mulher à Flor da Pele” é o primeiro livro solo da escritora Silvia Grijó, que também é coautora em 15 antologias

A escritora conta ainda que ‘Mulher à Flor da Pele’ não contém apenas o sentimento de uma mulher, mas de todas as mulheres. “Todas as mulheres têm sentimento, aliás, todas as pessoas, todos os homens, e o livro fala sobre isso. Ele é um livro que contém belos poemas. Qualquer pessoa pode ler o livro, mesmo os poemas mais pessoais”, salientou.

Na obra, a autora busca transmitir a questão dos sentimentos e dos valores humanos, o olhar poético e diferenciado do mundo. “Eu creio que nós, que escrevemos poesias, temos um olhar diferente e é isso que eu busco transmitir no livro, transmitir esse sentimento. Acredito que eu escrevo sem culpas e a literatura me dá essa liberdade. A literatura é uma espécie de asas que você pode voar da forma que você quiser”, concluiu.

O evento

O evento 1° Salon International du Livre et de la Culture de Genève – Cultive começou na sexta-feira, 14, e busca promover a troca da cultura entre os participantes e o público, reunindo autores, artistas e músicos de países lusófonos, sendo realizado em língua portuguesa. Para assistir às palestras, acesse aqui.

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