Amazônia: Mato Grosso liderou desmatamento e degradação do bioma em janeiro de 2022
10 de março de 2022
Área desmatada na Amazônia. (Mayke Toscano/ Gcom-MT)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium*
MANAUS — O Estado Mato Grosso liderou o desmatamento e a degradação da Floresta Amazônica em janeiro deste ano, segundo levantamento mensal feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou o equivalente a 28% e 93%, respectivamente, no Estado.
Além do Mato Grosso, os Estados de Rondônia (24%), Pará (20%), Amazonas (12%), Roraima (7%), Maranhão (5%), Acre (3%) e Tocantins (1%) também registraram desmatamento. Quanto à degradação — quando a vegetação é comprometida parcialmente, sem ocorrer a destruição total da floresta — o Pará seguiu o Mato Grosso, com 7% de área degradada.
Em toda a Amazônia Legal, o sistema detectou 261 quilômetros quadrados de desmatamento no mesmo período, um aumento de 33% em relação a janeiro de 2021, quando somou 196 quilômetros quadrados. Quanto às florestas degradadas, o bioma somou 15 quilômetros quadrados em janeiro de 2022, o que representa uma redução de 85% em relação a janeiro de 2021, quando a degradação detectada foi de 98 quilômetros quadrados.
Previsão: mais desmatamento
No mês passado, o Imazon divulgou uma estimativa feita pela plataforma de inteligência artificial PrevisIA, que apontou o risco de devastação de 15.391 km² na Amazônia neste ano, uma área quase três vezes maior do que o Distrito Federal. “Se medidas mais efetivas para combater o desmatamento na Amazônia não forem tomadas, a região pode ter em 2022 a maior área de floresta derrubada dos últimos 16 anos”, alertou o instituto.
De acordo com o Imazon, o cálculo do risco levou em conta o “calendário do desmatamento”, que por causa do período de chuvas na Amazônia vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte. Ou seja, conforme a ferramenta, esses mais de 15 mil km² podem ser atingidos entre agosto de 2021 e julho de 2022.
Caso se concretize, o desmatamento será o maior desde 2006, segundo a série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além disso, será 16% superior do que a devastação registrada pelo órgão no calendário anterior, de agosto de 2020 a julho de 2021, que foi de 13.235 km². Essa comparação é possível porque a PrevisIA usa a série histórica de desmatamento do Inpe (Prodes) como uma das variáveis do modelo de risco.
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