Ambiente hostil no Senado leva Bolsonaro a editar MP do Auxílio Brasil

Jair Bolsonaro realiza pronunciamento durante a reabertura dos trabalhos legislativos, em 2021. (Pedro França/ Agência Senado)
Via Brasília – Da Revista Cenarium

Força na Câmara

Estagnado nos baixos índices de popularidade, de acordo com todas as pesquisas eleitorais divulgadas até agora, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não esperou o Congresso para cumprir a promessa de pagar o mínimo de R$ 400 de Auxílio Brasil ao mês até o final de 2022. Editou a Medida Provisória 1.076, publicada em edição extra do Diário Oficial, e espera contar com a força que tem na Câmara dos Deputados para converter a MP em lei.

Garantia

Com isso, o governo demonstra que não quer contar com o Senado, onde o ambiente é mais hostil ao Palácio do Planalto, para ratificar os termos do Auxílio. O motivo é a indefinição do texto que será promulgado nesta quarta-feira (8/12) no Senado, que pode não garantir que os beneficiários recebam o total de R$ 400, cujos pagamentos começam a ser efetuados no calendário do programa a partir desta sexta-feira (10/12). O Planalto preferiu se garantir na MP.

Venda direta do etanol

Por falar em Medida Provisória, a medida que permite a venda direta de etanol aos postos deve ser apreciada também no Senado, nesta semana. A tendência é que os parlamentares não façam alterações no texto – até porque a MP só tem até amanhã para ser votada pelo Congresso. A matéria deve ficar sob relatoria de Otto Alencar (PSD-BA), autor de um projeto de decreto legislativo que tentava permitir a venda direta ao sustar uma resolução da ANP. O texto tem apoio da maioria da bancada.

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Demarcando território

Ao lançar previamente a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como presidenciável, o MDB se posiciona no tabuleiro da disputa de 2022 longe do palanque de Jair Bolsonaro e dos partidos que se alinham diretamente ao atual governo. Num tom crítico ao governo, a pré-candidata disse que o País não tem projeto ou prioridades, apontou crises artificiais criadas pelo Executivo e o incentivo à polarização. A senadora atacou a alta do desemprego, o aumento do desmatamento e o retorno da miséria, ou seja, focou nas questões sociais, numa espécie de repeteco dos discursos da oposição.

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