Anderson Torres vai poder ficar em silêncio na CPI dos atos antidemocráticos


07 de março de 2023
Anderson Torres vai poder ficar em silêncio na CPI dos atos antidemocráticos
Torres deverá ter assegurado, pelos parlamentares, o direito ao silêncio se preferir não responder aos questionamentos dos deputados (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira, 7, o depoimento do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A oitiva está agendada para a próxima quinta-feira, 9, às 10h. 

Conforme a decisão, Torres deverá ter assegurado, pelos parlamentares, o direito ao silêncio se preferir não responder aos questionamentos dos deputados distritais. 

Contudo, pelo fato de o ex-ministro estar preso, a presença dele no depoimento será facultativa. Moraes explicou na decisão que o STF proibiu, recentemente, a condução coercitiva para interrogatórios.

“Observo, entretanto, que a condução de Anderson Torres, que encontra-se preso, preventivamente, deverá ser feita mediante escolta policial e somente ocorrerá se houver sua prévia concordância, uma vez que essa Corte Suprema declarou a inconstitucionalidade de conduções coercitivas de investigados ou réus para interrogatórios e depoimentos”, decidiu. 

A decisão de Moraes foi motivada por um recurso protocolado pelos advogados da Câmara Legislativa, após a defesa de Anderson Torres pedir dispensa do depoimento. 

Anderson Torres é investigado por suposta omissão na contenção dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Foi preso em 14 de janeiro, logo na chegada ao Brasil.

Ele se encontrava nos Estados Unidos, aonde disse ter ido de férias, uma semana após ter assumido o cargo de secretário de Segurança Pública do DF. A saída dele do País ocorreu dias antes dos atos golpistas, quando vândalos invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

(*) Com informações da Agência Brasil

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