Angelica Ross, atriz de ‘Pose’, critica MET Gala por prisão de ativistas negros

A ativista e atriz criticou ainda a ineficiência e falta de vontade de grandes marcas de realmente contribuir com questões sociais(DIA DIPASUPIL/GETTY IMAGES)

Com informações do Portal IG

O MET Gala 2021, um dos eventos mais importantes da moda no mundo, aconteceu na última segunda-feira, 13. Além de chamar atenção pelos looks posados por superestrelas do mundo todo, incluindo a cantora brasileira Anitta, arredores do evento receberam protestos de ativistas negros. Alguns chegaram a ser presos. Em resposta, a atriz da série “Pose” e ativista, Angelica Ross, usou o Instagram para criticar o evento.

“Estar no MET este ano foi dissonância cognitiva. Eu entrei e saí de lá me sentindo confusa, mas antes disso eu estava calma e centrada. As pessoas foram protestadas e presas em nome de algo que tantos de nós que fomos até lá nos importamos profundamente. Eles foram presos, muito provavelmente, porque foram percebidos como uma ameaça aos que estavam no MET”, escreveu no post a atriz.

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O evento de gala arrecada fundos para a exposição anual de moda chamada Costume Institute, exibida no Metropolitan Museum of Art em Nova York. Todos os anos, o baile tem uma temática de vestimenta diferente para que artistas possam desfilar de acordo com ele. O preço dos ingressos individuais é de US$ 35 mil e empresários e magnatas ainda podem alugar mesas dentro do evento beneficente.

Mais protesto

Ativistas protestaram contra a maneira como o dinheiro doado está sendo usado, já que poderiam ser implementados, e doados para iniciativas e instituições sociais, como para pessoas negras, mulheres, LGBTQIAP+, por exemplo.

No post, Angelica explica que o MET deste ano foi, provavelmente, seu último. “Eu vou pensar muito sobre o porquê de ter ido e se isso está realmente alinhado ao que quero alcançar nesta vida, às histórias que quero contar e à mensagem que quero passar”, começou a atriz.

“Encarei as minhas inconvenientes verdades que me levaram a reavaliar o que faço, porque faço e como. Fiquei infeliz com como foi minha experiência por trás das luzes dos flashs das câmeras e das pessoas entre elas e eu até o momento. A mensagem geralmente é ‘se eu não gostar, eu posso seguir em frente’”.

A ativista e atriz criticou ainda a ineficiência e falta de vontade de grandes marcas de realmente contribuir com questões sociais, como as de pessoas pretas e trans, ao redor do mundo. “Notei que crescimento e mudança é ‘ruim para a marca’ aqui. E quando nós adoecemos por conta das mentiras que aceitamos, nós tomamos medicações para aliviar os sintomas ou vamos em frente. Porque mudar o ambiente e editar as tradições ainda é tabu”.

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