Animais silvestres usados para fotos turísticas no AM são resgatados


10 de maio de 2025
Animais silvestres usados para fotos turísticas no AM são resgatados
Sete animais foram resgatados: três preguiças, duas macacas, uma arara e uma cobra (Reprodução/PC-AM)

MANAUS (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deflagrou a “Operação Anhangá”, que resultou na prisão de um homem identificado como Bruno Barata, 22 anos, e na apreensão de três adolescentes. Todos são investigados por maus-tratos a animais, guarda ilegal de espécies silvestres e associação criminosa.

A ação foi realizada por meio por meio da Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM) e da Delegacia Fluvial (Deflu). Durante a operação, sete animais foram resgatados: três preguiças, duas macacas, uma arara e uma cobra.

Bicho-preguiça também foi resgatado na operação (Reprodução / PC-AM)

De acordo com a delegada Juliana Viga, titular da Dema, a denúncia foi recebida pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e, a partir disso, a equipe iniciou as investigações. Foi identificado que o grupo estava explorando os animais de forma ilegal e os submetendo a maus-tratos, agindo de maneira organizada e cobrando R$ 20 de turistas para tirar fotos com os animais.

Animais estavam desnutridos e alguns estavam mutilados (Reprodução / PC-AM)

Segundo a autoridade policial, nessa sexta-feira, 9, a equipe se deslocou até as comunidades Vila Nova e Nova Vila, no município de Iranduba, a 27 quilômetros de Manaus, para realizar a operação. No local, o grupo foi localizado e preso.

Ouvimos alguns testemunhos da delegacia para saber como eram os modos operando dessas pessoas, fomos até o local, os agentes foram de forma disfarçada para averiguar como é que funcionam essas declarações, e conseguimos identificar algumas pessoas porque elas recebem Pix pelo pagamento de fotografia“, declarou.

Animais como araras eram usados como atração turística (Reprodução / PC-AM)

O delegado-geral Bruno Fraga afirmou que alguns animais resgatados estavam machucados. “Os animais estavam desidratados, alguns estavam mutilados, eram animais que está sendo verificado agora, através da perícia, se foram dopados para que houvesse maior facilidade do contato com os turistas“, disse.

Após serem resgatados, os animais receberam assistência da Comissão de Proteção aos Animais e foram levados em ambulância para uma clínica veterinária, onde foram medicados. Os animais silvestres devem permanecer no Zoológico do Hotel Tropical, em Manaus (AM).

Procedimentos

Bruno Barata foi autuado por maus-tratos a animais, guarda ilegal de espécies silvestres e associação criminosa, e corrupção de menores. Ele será submetido à audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça.

Os adolescentes responderão por ato infracional análogo aos mesmos crimes e ficarão à disposição do juizado infracional.

A operação

O nome da operação faz referência ao “Anhangá”, entidade da mitologia tupi-guarani, considerada um espírito protetor da floresta e dos animais, tradicionalmente vista como defensora da natureza contra abusos e violações.

(*) Com informações da Polícia Civil do Amazonas

O que você achou deste conteúdo?

VOLTAR PARA O TOPO
Visão Geral de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.