Anvisa recruta cinco mil voluntários para teste da vacina indiana Covaxin no Brasil

As vagas estão abertas para os maiores de 18 anos que queiram fazer parte dos estudos clínicos desse imunizante contra a Covid-19 (Indranil Mukherjee/AFP)

Com informações do O Globo

SÃO PAULO – A vacina indiana Covaxin, cuja importação foi aprovada nesta sexta-feira, 4, pela Anvisa com algumas restrições, está em vias de ser testada por até 5 mil voluntários no Brasil. As vagas estão abertas para os maiores de 18 anos que queiram fazer parte dos estudos clínicos desse imunizante contra a Covid-19.

Para a chamada fase 3 dos testes, o recrutamento deve acontecer em cinco cidades do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Campo Grande, Campinas (SP) e São José do Rio Preto (SP). Em parte delas, as inscrições já começaram.

PUBLICIDADE

Além da Covaxin, há pelo menos outras duas fases 3 de vacinas para o coronavírus com cadastro de voluntários aberto no Brasil: a da vacina da empresa canadense Medicago em parceria com a britânica GSK e a da vacina SCB-2019, da farmacêutica chinesa Sichuan Clover Biopharmaceuticals.

Há ainda um quarto estudo com recrutamento aberto, o da vacina candidata Versamune, desenvolvida no Brasil pela startup Farmacore e pela USP de Ribeirão Preto. O chamamento nesse caso, porém, é para as fases 1 e 2 dos testes e se trata de um pré-cadastro, já que a autorização da Anvisa para iniciar os trabalhos ainda não foi dada.

Covaxin

Os testes da vacina indiana, autorizados pela Anvisa em maio, aceitam voluntários maiores de 18 anos, de qualquer profissão, que não se vacinaram ainda contra a Covid-19, que nunca tiveram essa doença e que também não moram com alguém que teve a enfermidade. É recomendável ainda, no caso de quem tem doenças crônicas, que essas condições de saúde estejam estáveis. Para as mulheres, não podem estar grávidas nem com planos de engravidar nos próximos 12 meses, tempo do acompanhamento completo do estudo.

Os voluntários receberão duas doses durante o estudo, com intervalo de 28 dias entre cada uma. O plano é começar essa etapa ainda em junho. De forma aleatória, um grupo ganhará a vacina e outro, placebo. Depois, informam os pesquisadores, quando puder ser revelado quem estava de cada lado, os voluntários do grupo placebo serão convidados a tomar o imunizante.

O estudo é coordenado no Brasil, de forma geral, pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (ligado ao hospital homônimo), que foi contratado pelo laboratório indiano Bharat Biotech e pela Precisa Medicamentos (que detém os direitos de distribuição da vacina no País) para esse fim.

Em cada cidade, há, porém, um centro de pesquisa que organiza os testes e pode definir critérios mais específicos para a seleção. Na capital paulista, por exemplo, o recrutamento vai de pessoas dos 18 aos 50 anos no Instituto de Pesquisa do Hospital IGESP/Ibepege, que recebe inscrições online. Em Campinas, o local de referência é o Instituto de Pesquisa Clínica (Ipecc), que também dispõe de um formulário digital. Por lá, os interessados devem ter entre 18 e 45 anos. Nas demais cidades, o chamamento ainda não foi aberto.

Veja a matéria completa no site

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.