Ao O Globo, Wilson Lima incensa Lula, critica direita radical e lança Tarcísio para 2026
17 de junho de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Amazonas, Wilson Lima, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Composição de Weslley Santos/CENARIUM)
Da Revista Cenarium – Com informações do Infoglobo
MANAUS (AM) – Aliado de Jair Bolsonaro, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), afirma que a participação política do ex-presidente foi importante para “reavivar a direita”, mas que agora a oposição precisa de uma alternativa menos “radical” no enfrentamento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O governador, que citou o chefe do Executivo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um potencial candidato em 2026, fez um aceno à gestão petista ao reconhecer avanços no combate ao desmatamento, mas criticou a visão do Ministério do Meio Ambiente, que tem Marina Silva à frente.
Em 2022, Bolsonaro desembarcou em Manaus e foi recebido por Wilson Lima (Diego Peres/Secom-AM)
O União Brasil indicou três ministros no governo Lula, mas vota contra o governo em determinados temas e reúne também aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o senhor. Qual vai ser a escolha em 2026?
Carece de uma discussão mais ampla, de um entendimento entre os membros. A gente tem essa participação no governo federal e precisa entender como isso caminha, não só no Executivo, mas também no Congresso.
O partido é contraditório?
Não. É plural.
Com Bolsonaro inelegível, qual o melhor caminho para a oposição na próxima eleição presidencial?
Essa é uma discussão que temos com as lideranças da direita. Meu alinhamento é com Bolsonaro. O mundo caminha para um processo de pragmatismo. A participação de Bolsonaro foi importante para reavivar a direita. (O bolsonarismo) não enfraquece, mas busca um caminho de centro, de menos radicalismo. O Tarcísio (de Freitas, governador de São Paulo) tem sido um grande exemplo.
Os números mais recentes mostram uma redução no desmatamento. O governo Lula atua melhor nessa área do que a gestão Bolsonaro?
Sim, mas é um esforço conjunto. Na ponta, quem lida são as prefeituras e os Estados. O governo federal tem um trabalho, principalmente, de controle de fronteiras. Na gestão passada, tínhamos um problema gravíssimo de comunicação. O presidente Bolsonaro não conseguia comunicar de forma correta, mas estava certo no pensamento: não tem como preservar se não gerar oportunidade para as pessoas. O programa mais eficiente de combate ao desmatamento e queimadas é o envolvimento da população com atividades produtivas. Quem entra na floresta para desmatar não é o financiador. Ele vai contratar alguém da região, e o morador tem uma questão de sobrevivência.
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