Aos 63 anos, mulher trans conquista seu nome social: Ana Carolina Apocalypse

O nome social é o nome pelo qual as pessoas transgêneros e travestis preferem (Reprodução/Instagram)

Com informações do Site UOL

SÃO PAULO – Ana Carolina Apocalypse viralizou nas redes sociais no ano passado ao compartilhar a história da sua transição de gênero, aos 59 anos. Agora, aos 63, ela comemora uma nova conquista: o nome social. No Instagram, Ana Carolina, que atualmente possui mais de 81 mil seguidores, compartilhou uma foto com o seu novo documento e disse estar cada vez mais perto de seu sonho.

“A inclusão do nome social é um direito e eu realizei a minha. O nome social é o nome pelo qual as pessoas transgêneros e travestis preferem ser chamados, diferente do seu nome de registro em cartório que não reflete sua identidade de gênero”, diz Ana Carolina Apocalypse.

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Em publicação, Ana Carolina também contou que o pedido da mudança já havia sido encaminhado há um tempo. Entretanto, por conta da pandemia, ela enfrentou atrasos para conseguir o novo registro.

“Já faz algum tempo que havia realizado a solicitação que deve ser feita aos órgãos públicos por meio de um requerimento de inclusão de nome social, mas por conta da pandemia estes serviços estão ficando com atendimento limitado e um maior prazo de entrega das solicitações. Mas finalmente recebi minha carteira de identidade com meu nome social. Estou mais que feliz é uma conquista ser reconhecida pelo âmbito administrativo pelo meu nome! Me traz a paz de não passar por determinados constrangimentos em momentos que precisava apresentar minha carteira de identidade”, relata.

Na mensagem, Ana Carolina ainda defende: “Acredito que a persistência nós trás onde almejamos e por mais que pareça impossível a cada dia estou mais perto do meu sonho! Juntos somos mais fortes!”

Em entrevista à Universa no ano passado, ela contou que a novela “A Força do Querer”, exibida em 2017, teve um papel importante na sua trajetória, já que ela criou uma identificação forte com o personagem Ivan, interpretado por Carol Duarte. “Eu me sentia exatamente como ele, mas, no meu caso, estava em um corpo masculino. Então pesquisei sobre a transição e procurei o SUS”, relatou na ocasião.

Para ela, a transição foi uma decisão fácil e a notícia foi bem recebida pela família. Em 2019, Ana Carolina ainda realizou uma cirurgia para colocação da prótese mamária, que, segundo ela, “foi a maior das realizações”. “Estava tão feliz e completa que nem senti dor na cicatrização”, contou.

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