Com informações do Infoglobo
NOVA IORQUE – O presidente Jair Bolsonaro sorriu e fez um gesto de “abafa” com a mão, como se pedisse que baixassem o tom, a manifestantes que o aguardavam na noite dessa segunda-feira diante da residência oficial do embaixador do Brasil junto à ONU, em Nova Iorque. Bolsonaro chegou ao local por volta de 20h10, pelo horário de Brasília, onde foi oferecido um jantar em sua homenagem.
Mais cedo, um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, foi vaiado ao entrar numa loja da Apple na 5ª Avenida, conforme publicou o colunista Ancelmo Gois.
Alguns ministros o acompanharam no evento, que faz parte da agenda oficial da visita a Nova Iorque por causa da Assembleia Geral das Nações Unidas. Usando um tambor, o grupo gritava “Bolsonaro, pode esperar, a sua hora vai chegar” e “genocida”. Havia ainda um caminhão com telões que exibem imagens de Bolsonaro cercado por chamas e as frases em inglês “cadeia para Bolsonaro” e “Bolsonaro está queimando a Amazônia”, dentre outras.
O caminhão faz parte de uma ação promovida por ativistas brasileiros e americanos e vai percorrer pontos famosos da cidade até esta terça-feira. Nessa segunda, o veículo passou por pontos como Times Square, World Trade Center e Wall Street.
O ministro do Turismo, Gilson Machado, que já havia entrado na residência, saiu novamente para gravar um vídeo dos manifestantes, enquanto os provocava, dizendo que aquilo era democracia. Ao deixar o local da recepção, pouco antes das 22h, pelo horário de Brasília, Bolsonaro foi novamente hostilizado pelos manifestantes e respondeu acenando, sem fazer declarações — ele ainda gravou um vídeo no local.
Uma pessoa que estava no jantar e saiu com Bolsonaro ficou dando tchauzinho para os manifestantes. A pessoa estava de máscara.