Apesar de sofrer com redução no orçamento, Ufam retorna aulas presenciais em 2022

Movimentação de carros na entrada da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) (Divulgação)
Da Redação*

MANAUS – A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) deverá retornar o funcionamento presencial no ano que vem, segundo o site de notícias UOL. Além dela, as federais do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Ceará, Vale do São Francisco, do Rural do Semi-Árido, Tocantins, Itajubá, Rural do Rio de Janeiro e do Pampa disseram que também devem retomar todo o funcionamento presencial a partir de 2022.

Desde o dia 1º de setembro os servidores da Ufam estão retornando de forma gradual às atividades presenciais. As aulas são realizadas de forma remota na instituição desde o dia 8 de setembro de 2020. Já para a modalidade presencial, a instituição planeja um retorno gradativo de 25%, depois 50%, 75% e 100%. A instituição já se encontra na fase dos 25% de ocupação de presença em seu campus e na capital.

O retorno acontece apesar da redução de gastos anunciado pelo governo federal neste ano. A instituição também sofre com os cortes.

PUBLICIDADE

“Nos últimos anos, o orçamento da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) teve progressivas reduções. Os recursos para manter a instituição caíram de R$ 730 milhões, em 2019, para R$ R$ 660 milhões, em 2020. Neste ano, o orçamento previsto é de apenas R$ 419 milhões”, pontuou a Associação dos Docentes da Ufam (Adua) ainda em maio.

Portaria

O Ministério da Educação (MEC) afirmou que publicou uma portaria, em dezembro de 2020, autorizando as aulas presenciais a partir de 1º de março deste ano. A pasta ainda pontuou que a “data é tida como referência, visto que as universidades federais possuem autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial”, segundo artigo previsto na Constituição.

Porém, ao menos 25 universidades federais não têm previsão para liberar o retorno de todas as aulas no esquema presencial. A maioria das instituições, no momento, mantém apenas atividades práticas, principalmente dos cursos de Saúde, no presencial.

Sem previsão

Entre as que não têm previsão de receber os alunos para as aulas presenciais — além das atividades práticas— estão Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), UFBA (Universidade Federal da Bahia) e UFSCar (Universidade Federal de São Carlos, no interior de São Paulo).

A UnB (Universidade de Brasília) afirma que terá uma decisão sobre o tema em novembro. Já a UFG (Universidade Federal de Goiás) ampliará as atividades presenciais em dezembro. Até o momento, a instituição também tem priorizado aulas presenciais para os alunos dos cursos de Saúde.

Menos verba

Em maio, as principais federais do Brasil se queixaram de um corte no orçamento das universidades. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), umas das principais e melhores do País, informou que a falta de verba não ajudaria a instituição a retornar para o presencial em 2021.

A previsão da UFRJ é que as aulas presenciais retornem em abril de 2022. Para isso ocorrer, no entanto, a universidade aponta que depende da “necessidade de recebimento de recursos financeiros por parte da União de modo a preparar a instituição para o retorno das suas atividades presenciais em sua totalidade”.

Para colaborar com a discussão de retorno das aulas, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) preparou um documento com protocolos que podem ser seguidos pelas universidades.

“Já estamos no momento de discutir, considerando esses detalhes de segurança [disseminação do vírus, vacinação] e sabemos que possivelmente em 2022 teremos grande parte das atividades de ensino”, explica a reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e coordenadora do documento, Joana Angélica Guimarães.

O MEC disse que enviou às universidades “uma série de perguntas sobre este retorno, formato das atividades pedagógicas implantadas” com o objetivo de fazer o acompanhamento das instituições.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.