Apoiador de Bolsonaro morre após atear fogo ao próprio corpo em protesto contra Alexandre de Moraes


03 de fevereiro de 2023
Apoiador de Bolsonaro morre após atear fogo ao próprio corpo em protesto contra Alexandre de Moraes
Ato aconteceu na última terça-feira. 31 (Arte: Mateus Moura)
Da Revista Cenarium*

MANAUS – Um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 58 anos, morador da cidade de Botucatu, no interior de São Paulo, morreu após atear fogo ao próprio corpo em protesto contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato enérgico, chamado tecnicamente de autoimolação, ocorreu na última terça-feira, 31, em Brasília, em frente à Catedral Metropolitana. O homem estava internado em estado gravíssimo no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), na capital federal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

De acordo com testemunhas e com informações da Polícia Civil (PC), que constam no Boletim de Ocorrência sobre o episódio, a vítima carregava cartazes que estabeleciam uma analogia entre Moraes e o ditador genocida alemão Adolf Hitler, ícone máximo e líder do nazismo, além de outros papéis com fotos do líder sul-africano Nelson Mandela e do oficial alemão Claus Schenk Graf von Stauffenberg, que tentou assassinar Hitler num atentado, em 1944.

Junto a esses personagens, nos cartazes, vinha a frase “perdeu, mané!”, que ficou conhecida após ser proferida pelo ministro Luís Roberto Barroso, também do STF, direcionada a bolsonaristas que reclamavam do resultado da eleição, durante uma passagem dos magistrados da Suprema Corte pelos EUA.

Pessoas que presenciaram o ato afirmam que o homem, que não teve a identidade revelada, gritava coisas como “Morte ao Xandão” e anunciava que sacrificaria a própria vida para “denunciar” o que o STF vinha fazendo com o Brasil.

A autoimolação é uma prática vista por especialistas da psicologia e da psiquiatria como extrema e normalmente praticada por pessoas com sérios problemas em relação à sua saúde mental, embora a atitude seja “comum” em culturas como a hindu e a budista, onde para alguns segmentos dessas religiões é vista como uma forma de “renúncia extrema” ou “protesto” diante de uma causa.

O ódio patológico, desmedido e sem qualquer justificativa plausível contra Alexandre de Moraes e a Corte que ele compõe é uma das principais bandeiras do bolsonarismo, que elegeu alguns desses juízes e o STF como “inimigos” da vez, incentivando as hostes mais radicalizadas e alienadas do movimento político de extrema-direita a atacá-los, ainda que essas pessoas sequer compreendam a função do Judiciário.

(*) Com informações da Revista Fórum

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