Após cobrar informações sobre ritmo de vacinação, PGR quer saber de uso de verbas

No País, somam cerca de 3.000 profissionais que atuam diariamente dentro de clínicas e hospitais, sejam públicos ou privados (Reprodução/Divulgação)

Com informações do Estadão

SÃO PAULO – Além de terem sido cobrados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a apresentar informações sobre o ritmo de vacinação contra a Covid-19, todos os 27 governadores também deverão explicar o uso de verbas no enfrentamento da pandemia.

Os governantes receberam ofícios da PGR após a instalação da CPI da Covid no Senado, que vai investigar a atuação e possíveis omissões do Governo Jair Bolsonaro na crise sanitária.

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Foram requisitados esclarecimentos complementares depois que uma primeira leva de informações foi considerada ‘insuficiente’ ou ‘incompleta’ pela Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral do Ministério Público Federal.

Nos documentos, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo envia perguntas relacionadas, por exemplo, ao fechamento de hospitais de campanha montados para tratar pacientes com Covid-19 e aos gastos com insumos e equipamentos das estruturas desativadas.

Lindôra também pede esclarecimentos sobre o uso de repasses federais, na linha das acusações feitas por Bolsonaro que, em guerra com governadores e prefeitos desde o início da pandemia, levantou desconfiança sobre supostos desvios de recursos da Saúde. No final de fevereiro, o presidente publicou nas redes sociais uma lista com valores enviados pela União para cada Estado em 2020.

A subprocuradora é braço direito do chefe do Ministério Público Federal, Augusto Aras, que vem sendo criticado nos bastidores da PGR por, na visão de adversários, tentar se cacifar para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal em julho, com a aposentadoria do decano Marco Aurélio Mello.

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