BELÉM (PA) – A Secretaria de Estado de Obras Públicas do Pará (Seop), que havia suspendido a licitação para ampliação da Rua da Marinha, na capital paraense, depois de uma grande repercussão negativa, anunciou, nesta quarta-feira,15, uma readequação do projeto. No entanto, não foram detalhadas as mudanças no projeto para acomodar as preocupações ambientais e comunitárias.
A obra, que visa preparar a capital paraense para a Conferência das Nações Unidas, da ONU, a COP 30 teria uma via expressa que atravessaria o Parque Ecológico Gunnar Vingren, em Belém. Essa rota gerou controvérsias porque a sua passagem seria pelo meio do parque, que possui 38 hectares de floresta nativa, o que causaria um grande impacto ambiental na região.
Via passaria dentro do Parque Ecológico Gunnar Vingren (Reprodução)
A proposta, apresentada pela vice-governadora Hana Ghassan (MDB) durante o lançamento do Anuário do Pará 2023-2024 em fevereiro deste ano, tinha como meta aliviar a congestão do tráfego na capital, conectando seis bairros em um trajeto de 3,5 quilômetros. Contudo, surgiu uma disputa com a Prefeitura de Belém, que recusou um pedido do governo estadual feito em novembro de 2023 para emitir uma Licença Ambiental Prévia e de Instalação para as obras de urbanização.
Apesar da falta de autorização para a realização das obras dentro do parque municipal, uma licitação eletrônica foi registrada no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos para contratar uma empresa de engenharia especializada, com um orçamento de R$ 213 milhões, conforme solicitado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Seop).
O cancelamento da licitação foi formalizado pelo secretário de Estado de Obras Públicas, Benedito Cabral. O certame visava selecionar uma empresa de engenharia qualificada para realizar as obras viárias entre a Rua da Marinha e o Canal do Benguí.
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