Carolina Givoni – Da Revista Cenarium
MANAUS — Com a justificativa de voltar atenções à reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional (CN), assunto que possui impacto direto ao modelo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM), o vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho (Sem partido), entregou ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) nesta segunda-feira, 24, a carta de desfiliação da sigla após cinco meses da filiação dele.
O desgaste político de Almeida tem sido acompanhado desde maio, quando o licenciado defensor público pediu exoneração da chefia da Casa Civil do governo estadual, função exercida por ele, desde o primeiro semestre de 2019. Na carta aberta ao governador Wilson Lima (PSC), Almeida fez uma revisão da carreira e vida pessoal, além de revelar insatisfações e frustrações na gestão.
Ainda em março deste ano, Almeida Filho havia assumido a presidência do PTB, em um vídeo nas redes sociais, ao lado do deputado da Assembleia Legislativa do Amazonas, Saullo Vianna (PTB). Com a saída, a presidência pode ser assumida pelo secretário de Estado de Cidades e Territórios, Ricardo Francisco, irmão do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.
Em nota, Carlos afirmou que vai “retomar o trabalho que vinha realizando antes da pandemia, de identificar os problemas enfrentados por comunidades rurais e demandar o devido atendimento, que deve ser feito pelas secretarias do Governo”.
Saullo também se manifestou por meio de nota, declarando que a saída do ex-correligionário não afeta os cargos exercidos por ele, de presidente da executiva municipal e vice-presidente da estadual. “O PTB é um partido de raízes fortes, projetos amplos e concretos. Terá papel importante nas eleições municipais deste ano em Manaus e no interior do Estado”.
Respostas
Procurado pela REVISTA CENARIUM, sobre o futuro cenário de estratégias, Almeida não havia retornado sobre o questionamento enviado à assessoria de imprensa.
“Ele pretende se mudar para Brasília para articular melhor sobre a reforma tributária ou deve ficar em Manaus mesmo? E como seria essa intervenção dele na questão, uma vez que ele se desfiliou?