Após suspensão de licitação, Dnit prevê para setembro dragagem no Rio Solimões


24 de julho de 2024
Após suspensão de licitação, Dnit prevê para setembro dragagem no Rio Solimões
Dragagem no Rio Madeira (Foto: Divulgação/ Governo Federal)
Ana Cláudia Leocádio -Da Cenarium

BRASÍLIA (DF) – O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) assegurou à CENARIUM que o planejamento para o trabalho de dragagem no Rio Solimões, durante o período de seca, deve começar em meados de setembro, apesar da suspensão da licitação que irá contratar a empresa para executar o trecho entre Codajás e Coari, publicado no Diário Oficial da União (DOU), na última terça-feira, 23.

No dia 19 de junho deste ano, o Dnit, o Ministério dos Transportes e o Ministério dos Portos e Aeroportos anunciaram um investimento de R$ 500 milhões e lançaram os editais de licitação para a execução dos serviços de dragagem para garantir a navegabilidade dos rios Amazonas e Solimões.

Edição do DOU com a suspensão da dragagem (Reprodução/DOU)

Os trabalhos emergenciais de dragagem são uma resposta à seca que afetou a região, no ano passado, e causou diversos transtornos à navegação e que prometem causar novamente na seca deste ano.

Na última terça-feira, o Dnit publicou o aviso de suspensão do pregão eletrônico para a contratação de “empresa especializada na prestação de serviços de execução do Plano de Dragagem de Manutenção Aquaviária e Sinalização Náutica do rio Solimões, compreendendo o trecho situado entre as cidades de Codajás e Coari, no estado do Amazonas”.

Segundo a autarquia, o cronograma segue conforme previsto e está na etapa de análise de propostas e documentação. “A suspensão do edital não impactará o planejamento para as intervenções de dragagem na região, que devem começar já no segundo semestre, meados de setembro”.

No Rio Solimões, há três trechos em contratações: o primeiro, entre Tabatinga e Benjamin Constant, de cerca de R$ 139,8 milhões; o segundo, entre Benjamin Constant e São Paulo de Olivença, em torno de R$ 112,3 milhões; e o trecho entre Codajás e Coari, cujo valor da obra o Dnit não informou. “A contratação desse terceiro trecho está em análise interna. Em breve um novo edital será publicado”.

O investimento estimado de R$ 500 milhões para o projeto de dragagem dos rios, segundo informou a autarquia em junho, abrange um período de cinco anos, e serão aplicados para as empresas realizarem os serviços de dragagem e supervisão nos trechos, assegurando a continuidade e eficiência das operações. O objetivo é “minimizar os impactos das condições climáticas adversas, reforçando a infraestrutura de transporte fluvial como elemento fundamental para o desenvolvimento sustentável da região”.

Rio Madeira

De acordo com o Dnit, no Rio Madeira, os trabalhos estão adiantados e as atividades já foram iniciadas tanto na travessia de Humaitá quanto a extensão do rio, no trecho entre Porto Velho, capital de Rondônia, e Manicoré, no Amazonas. O valor estimado para esta campanha é de aproximadamente R$ 24 milhões.

Neste ano, o período de seca começou em meados de junho e a previsão é de que se estenda até o final de outubro, de acordo com a previsão dos meteorologistas. No Amazonas, já são 20 municípios em situação de emergência, de acordo com a Defesa Civil do Estado.

Leia mais: Dragagem do Rio Amazonas deve começar nesta sexta-feira, afirma governador Wilson Lima
Editado por Jefferson Ramos

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