Arthur Virgílio faz análise sobre a inoperância de Bolsonaro para conter avanço da Covid-19 no AM

No vídeo, Arthur Neto desabafa sobre o caos e a incapacidade do governo federal e dar uma solução para o Estado mais afetado pela pandemia (Reprodução/Revista Cenarium)

Mencius Melo – Da Revista Cenarium

MANAUS – O ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), usou as redes sociais nesta terça-feira, 12, para fazer duras críticas ao governo federal em relação à situação da saúde pública no Amazonas. Arthur ancorou sua fala na recente visita do ministro da saúde Eduardo Pazuello, que em uma espécie de código misterioso assegurou a vacina ‘no dia D na hora H’. “Havia tomado a decisão de sair dos noticiários, abro, porém, a exceção porque Manaus berra por socorro!”, sentenciou.

No vídeo de quase dois minutos, o político tucano lamentou que a população tenha baixado a guarda para a Covid-19. “Aberturas precipitadas e o mau exemplo presidencial desestimularam o uso da máscara e do álcool em gel. As festas continuaram e todos ou quase todos deram antecipadamente a Covid como derrotada”, observou. “Fui voz solitária contraditando essa visão caolha”, destacou o ex-prefeito de Manaus.

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“Nosso povo vive entre a morte e o pânico”, elencou Arthur Neto. O político que saiu da vida pública no início de 2021 foi um dos prefeitos mais críticos sobre as condutas ou falta delas do atual presidente do país. Arthur chegou a trocar farpas com Jair Bolsonaro (sem partido) ao observar que o presidente era “o responsável”, acusou Arthur. “Ele tem cumplicidade com as mortes de coronavírus no Brasil”, atacou. Bolsonaro retrucou chamando Arthur Neto de “bosta”.

Tem que começar por aqui

Na sequência do vídeo, Arthur Neto comentou que faltou sensibilidade ao ministro da saúde Eduardo Pazuello. Para Arthur a visão do gestor da pasta da saúde no Brasil, não está conectada com a realidade. Pazuello não entendeu ou percebeu o que está acontecendo no maior estado da federação. “O ministro Pazuello precisa entender que se o Amazonas é o caso mais grave do país, a vacinação tem que começar por aqui! Urgentemente ministro”, alertou o político.

Em outro ponto, ele chamou a atenção para a situação do interior do Amazonas. De acordo com ele, o poder público tem o dever de socorrer o povo que mora nos beiradões, nas comunidades indígenas. “É hora de parar de ignorar o interior onde as pessoas morrem sem direito de defesa, onde os índios perecem criminosamente abandonados, onde as demais populações tradicionais são enterradas no quintal de suas casas”, denunciou Arthur.

Com carga redobrada, ele direcionou para a capital suas maiores preocupações. “Manaus vive o terror! É para ontem a abertura de um hospital de campanha, é para anteontem a instalação de tendas em cada zona da cidade. É para trás anteontem o recrutamento de mais e mais profissionais de saúde”, apressou. “Descruzem os braços. Não joguem nas costas das equipes médicas a decisão de quem deve morrer ou deve ser atendido. Como está não pode ficar”, finalizou Arthur Neto.

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