Artista plástico amazonense, Juarez Lima morre aos 58 anos, na Áustria


Por: Marcela Leiros

22 de novembro de 2024
Artista plástico amazonense, Juarez Lima morre aos 58 anos, na Áustria
Juarez Lima era artista plástico (Reprodução)

MANAUS (AM) – Morreu nesta sexta-feira, 22, na Áustria, o artista amazonense Juarez Lima, aos 58 anos. A morte foi confirmada pela família. Ele estava internado desde terça-feira, 19, após ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC) enquanto trabalhava no país europeu.

É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento de Juarez Lima, aos 58 anos de idade. Um dos maiores artistas do Norte, Juarez marcou profundamente a cultura amazonense com seu talento, criatividade e dedicação ao Festival Folclórico de Parintins, onde deixou um legado inestimável”, disse a família do artista, em nota.

Juarez Lima era artista do Boi Caprichoso, mas, ao longo da carreira, contribuiu artisticamente com os dois bumbás, o outro sendo o Garantido. Ele também foi idealizador da Romaria das Águas, procissão fluvial realizada anualmente em homenagem a Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Parintins.

Sua partida deixa uma lacuna irreparável na arte e na cultura da Amazônia, mas seu legado continuará vivo nas cores, formas e tradições que ajudou a construir“, consta ainda na nota publicada na rede social Facebook.

Manifestações

Nas redes sociais, o Boi Caprichoso manifestou pesar pela morte do artista e lembrou do legado de Juarez Lima. “Juarez foi um mestre que produziu e formou gerações de artistas, entre eles Rossy Amoedo, atual presidente do boi negro de Parintins. Marcou momentos importantes com alegorias como a Mãe Natureza, Ayma Sunhé, Serpente Dinahí, a Lendária Boitátá entre tantas outras“, afirmou.

O Boi Garantido também lamentou a morte de Juarez Lima, citando o talento do artista. “Juarez foi um dos responsáveis por revolucionar o festival, consolidando-se como um dos maiores artistas de sua história. Discípulo do mestre Jair Mendes e dotado de um talento inigualável, aprendeu a dominar a pintura e a criar grandes alegorias que marcaram o espetáculo“, disse.

Ainda não há informações sobre o translado do corpo ao Amazonas, ou informações acerca do velório ou enterro.

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