Artistas negros de São Paulo criam primeira dupla musical de libras do Brasil

Bruno Oliveira e Lucas Brito ganharam cada vez mais fãs, a partir de covers de hits, e lançaram também primeiro single autoral (Reprodução/Autoral)

Com informações do Portal Alma Preta

O Brasil possui mais de 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva, segundo um levantamento do Instituto Locomotiva e da Semana da Acessibilidade Surda. A fim de promover a igualdade por meio da cultura, os amigos Bruno Oliveira e Lucas Brito, de Campinas, interior de São Paulo, criaram a primeira dupla musical de libras do País, a Duelibras.

Eles contam que a ideia surgiu após um depoimento de uma amiga e professora sobre a exclusão de um aluno com deficiência auditiva em um acampamento. Bruno e Lucas perceberam a importância de oferecer igualdade em diversos momentos da vida e viram na música a possibilidade de escrever um novo capítulo na vida dessa parcela da população.

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“Queremos proporcionar para milhares de brasileiros a oportunidade de se sentirem representados”, comenta Bruno.

A música sempre esteve presente na vida de ambos, que inicialmente tocaram juntos, em sociedade, numa empresa de preparação vocal. Com alguns anos de atuação, o negócio passou a se tornar cada vez mais renomado devido à produção de artistas como Ludmilla, Gloria Groove, Sorocaba, Paula Mattos, Dennis DJ e Orochi.

Ganhando cada vez mais relevância, a dupla se tornou conhecida nas redes sociais, também por covers de sucessos como “Malvadão”, hit de Xamã.

Com o Duelibras, a dupla lançou, em março, sua primeira música autoral: “Pode Bagunçar”, que chega com uma pegada afrobeat misturada com o pop. O single acompanha um clipe gravado em Joá, no Rio de Janeiro.

“É o nosso primeiro trabalho autoral, onde o conceito foi poder fazer música para ouvintes e, através do clipe, mostrar um pouco sobre a comunidade surda, trazendo uma música atual”, diz a dupla.

Os próximos passos da dupla é lançar um feat e trazer mais novidades para o público ao longo de todo o ano. “A cada dia aprendemos mais sobre a comunidade surda e vamos mudando o conceito sobre a vida e sobre o som. Iremos dar nossa vida para eles (surdos) terem arte e entretenimento”, adiantam os artistas.

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