Assembleia Geral da ONU condena Rússia por 141 votos e só cinco contra; Brasil apoia condenação

Na resolução, países exigiram a retirada imediata das tropas russas da Ucrânia (Foto: Carlo Alleri / Reuters)

Com informações do Infoglobo

A Assembleia Geral da ONU condenou nesta quarta-feira, 2, a Rússia pela invasão da Ucrânia, ocorrida há sete dias, por 141 votos a favor — incluindo o do Brasil — e apenas cinco contra, além de 35 abstenções. A resolução exige a retirada imediata das tropas russas.

Na votação anterior, envolvendo uma ação russa, a anexação da Península da Crimeia, em 2014, foram 100 votos pela condenação. A Assembleia Geral reúne os 193 países-membros da ONU e suas resoluções não são vinculantes, mas a condenação maciça tem forte peso político.

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O texto “deplora, nos termos mais fortes, a agressão da Rússia contra a Ucrânia” e exige que a Rússia “cesse, imediatamente, seu uso da força contra a Ucrânia”, além da “retirada imediata, completa e incondicional de todas as suas forças militares”.

Além da Rússia, os outros países que votaram contra a resolução foram: Bielorrússia, Síria, Eritreia e a Coreia do Norte. Na votação, 35 nações se abstiveram, incluindo a China.

A resolução ainda “lamentou” a decisão da Rússia “relativa ao estatuto de certas áreas das regiões de Donetsk e Luhansk, da Ucrânia, como uma violação da integridade territorial”, referindo-se ao reconhecimento, em 21 de fevereiro, da independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk, no Leste ucraniano, pelo presidente russo Vladimir Putin.

No dia, Moscou ordenou o envio de “missões de paz” às regiões onde separatistas pró-Rússia controlam boa parte do território, desde 2014, e travam uma guerra que deixou cerca de 15 mil mortos. Dois dias depois, Putin ordenou a invasão da Ucrânia.

Os 141 países que votaram a favor da resolução também “exigiram que a Rússia reverta, imediata e incondicionalmente, a decisão relativa ao estatuto de certas áreas das regiões de Donetsk e Luhansk da Ucrânia”.

O posicionamento do Brasil a favor do texto se deveu, principalmente, ao aumento da intensidade dos ataques proferidos pela Rússia e à pressão internacional sobre o governo brasileiro. O embaixador do Brasil, na ONU, Ronaldo Costa Filho, já havia condenado a invasão russa. No entanto, ele pediu cautela e criticou o envio de armas à Ucrânia, alertando que a situação poderia piorar.

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