Ataque a tiros deixa quatro mortos em escola dos EUA
4 de setembro de 2024
Estudantes de escola na área externa da unidade após ataque (Reprodução/Redes Sociais)
Da Cenarium*
MANAUS (AM) – Estudantes foram alvos de um ataque a tiros, nesta quarta-feira, 4, em uma escola secundária na cidade de Winder, no estado da Geórgia, nos Estados Unidos. Pelo menos quatro pessoas foram mortas e outras nove ficaram feridas, algumas em estado grave. O suspeito de efetuar os disparos foi detido.
Autoridades investigam o caso, e não havia informações sobre as vítimas ou a motivação do crime. Tampouco era possível saber se o atirador estava matriculado na instituição. A rede CNN, mencionando autoridades que não quiseram se identificar, divulgou que o suspeito levado sob custódia tem 14 anos.
A Casa Branca informou em nota que o presidente Joe Biden acompanha o caso. O governo, continuou o comunicado, trabalha em conjunto com as autoridades federais, estaduais e locais para fornecer apoio às vítimas.
“[A primeira-dama] Jill e eu estamos de luto pelas mortes daqueles cujas vidas foram interrompidas devido a mais violência com armas e sem sentido”, escreveu Biden. “Os estudantes de todo o país estão aprendendo a se agachar e se esconder em vez de ler e escrever. Não podemos continuar aceitando isso.”
O ataque ocorreu por volta das 9h30 no horário local (10h30 em Brasília). Dezenas de policiais e socorristas foram mobilizados, e várias ruas próximas da escola ficaram bloqueadas. O escritório do FBI em Atlanta, a capital do estado, também enviou agentes para apoiar os funcionários de segurança locais.
“O que vocês veem atrás de nós é uma coisa maligna”, afirmou o xerife Jud Smith em entrevista coletiva na frente da escola. Ele não confirmou o número de mortos, limitando-se a dizer que havia vários feridos.
De acordo com a rede CNN, uma pessoa ferida foi levada para um helicóptero que pousou na escola.
Houve pânico no momento do ataque, relatou à emissora ABC News o estudante Sergio Caldera, 17. Segundo o aluno, logo após os primeiros tiros, um professor correu e gritou para que os docentes fechassem as portas das salas de aula porque havia um atirador no local.
Enquanto vários alunos e professores se amontoavam na sala, Caldera afirmou que alguém bateu na porta e gritou várias vezes para que fosse aberta. Depois que as batidas pararam, o estudante disse ter ouvido mais tiros e gritos. Quando os barulhos enfim cessaram, os alunos foram levados para o campo de futebol da escola, onde ficaram concentrados e receberam os primeiros atendimentos.
Imagens aéreas da televisão local mostraram várias ambulâncias do lado de fora da instituição.
Ataques a tiros são comuns nos EUA, onde existem cerca de 400 milhões de armas de fogo em circulação —número maior do que o de pessoas. Um a cada três adultos possui ao menos uma arma e quase um a cada dois adultos vive em uma casa onde há uma arma.
Trata-se do 385º ataque com quatro ou mais pessoas nos EUA somente em 2024, de acordo com a ONG Gun Violence Archive, que acompanha a violência armada no país. No ano passado foram 656, o que representa uma média de 1,8 por dia.
Sempre que ocorrem episódios do tipo, volta ao debate público a discussão sobre a facilidade de acesso a armas de fogo na nação. O tema divide a sociedade americana, tanto eleitores como políticos: republicanos defendem restrições mínimas à compra e à posse de armas, enquanto democratas apoiam aumentar o controle sobre esses artefatos.
“Após décadas de inação, os republicanos no Congresso devem finalmente dizer ‘basta’ e trabalhar com os democratas para aprovar uma legislação de bom senso sobre segurança das armas”, escreveu Biden no comunicado desta quarta.
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