Ativista socioambiental de Manaus vai representar Amazonas na COP-26, na Escócia

Ativista socioambiental e estudante de ciências biológicas, Celina Maria Ferreira Pinagé. (Ricardo Oliveira/ Cenarium)

Victória Sales – Da Cenarium

MANAUS – Com apenas 22 anos, a ativista socioambiental e estudante de ciência biológicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Celina Maria Ferreira Pinagé, vai à Escócia representar o Amazonas na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26). O evento acontece no dia 31 de outubro e vai até o dia 12 de novembro.

Em entrevista exclusiva à CENARIUM, Celina conta que todo ano a COP acontece em um local diferente, e o evento é aberto também para a sociedade civil, mas para que se consiga ir é preciso levar em consideração alguns tópicos. “Para você estar lá, precisa ter a credencial, que nada mais é que um documento oficial da ONU dizendo que está liberado para entrar no ambiente, como se fosse um convite”, destacou.

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“Para as pessoas da sociedade civil que querem participar de maneira presencial do evento, eles levam em consideração questões como: se você já tem alguma experiência prévia com assuntos relacionados a mudanças climáticas, e principalmente com os temas que vão ser abordados no local, pois a COP é um espaço de tomada de decisão, é um lugar onde vai ter muito debate, sobre emissão de carbono, as metas do Brasil para 2030”, relatou Celina.

Ativista socioambiental e estudante de ciências biológicas, Celina Maria Ferreira Pinagé. (Ricardo Oliveira/ Cenarium)

Seleção

À equipe de reportagem da CENARIUM, Celina conta que é feita uma pré-seleção, que leva em consideração os conhecimentos que a pessoa que deseja participar tem e, nessa ação que antecede o evento, são abordados vários temas e é preciso falar sobre esses temas. “Eles avaliam se a gente consegue se posicionar sobre eles e entender, além de saber como vai ser o nosso posicionamento, pois, querendo ou não, a sociedade civil é um resposta para o Estado e para o País”, relatou.

Trajetória

Celina conta que para chegar até a COP, ela começou a fazer parte de Organização Não Governamental (ONG) EngajaMundo. “Desde 2018 eu faço parte do EngajaMundo, que é feita, exclusivamente, de jovens e dentro dela tem vários grupos, e um deles é só sobre mudanças climáticas e desde 2018 eu estou lá. A gente está sempre debatendo pautas sobre o assunto, gerando conteúdo. E o engajaMundo está muito próximo e relacionado à COP. Existem várias organizações que estão credenciadas para participar do evento. A ONG foi uma porta para mim, eles levam em consideração também quanto tempo a pessoa está na ONG, as que estão há mais tempo, têm mais chances de chegar até lá, então o fato de eu estar desde 2018 me ajudou muito”, afirmou.

COP-26

A COP é a principal cúpula da ONU, quando se trata de questões climáticas. O assunto é extremamente positivo, principalmente com os efeitos negativos das políticas atuais. Após um relatório publicado pela organização, cientistas e ambientalistas detectaram que o mundo está aquecendo mais rápido do que o esperado. E o evento tem a pretensão de debater e traçar estratégias para que sejam reduzidos esses gases de efeito estufa, para, pelo menos, metade desta década. Incêndios florestais e outros desastres ambientais que acontecem no mundo todo acabam deixando poucas dúvidas sobre se essa meta será alcançada.

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