Ativistas protestam contra racismo e violência policial


Por: Cenarium

22 de março de 2025
Ativistas protestam contra racismo e violência policial
Vias de São Paulo e Rio de Janeiro são ocupadas por manifestantes contra o racismo (Divulgação/Agência Brasil)

MANAUS (AM) – A Pequena África, na região portuária do Rio de Janeiro, foi ocupada nesta sexta-feira, 21, por ativistas, intelectuais e grupos da luta antirracista. Uma visita guiada pelos principais símbolos da cultura afro-brasileira na cidade lembrou de uma luta que tem raízes no passado e ramificações no presente.

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial é comemorado todos os anos em 21 de março, em memória ao “Massacre de Sharpeville”, na África do Sul, durante o regime do Apartheid. Em 1960, uma manifestação pacífica contra a Lei do Passe, que ditava onde pessoas negras poderiam circular, terminou com a morte de 69 pessoas e 186 feridos, vítimas da violência policial.

Em memória aos manifestantes e para reforçar a luta contra o racismo, a campanha no Brasil propõe ocupar espaços urbanos para incentivar a sociedade a refletir sobre o racismo e a lutar contra a opressão militar e social contra as periferias. Além de enaltecer e valorizar a história da cultura negra e africana no país.

Durante o dia 21 de março, ativistas colocam em prática a ocupação de espaço para lutar contra o racismo (Divulgação/Agência Brasil)

No Brasil, a data marca, desde 2017, a campanha “21 Dias de Ativismo contra o Racismo”. O foco é criar e fortalecer ações enérgicas de combate ao racismo e todas as formas de opressão.

No primeiro ano, foram contabilizadas 103 atividades no Rio de Janeiro e em São Paulo. Este ano, são mais de 400 atividades em diferentes estados, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e em outros países (Reino Unido, Gana, África do Sul e Zâmbia).

É importante não confinar a discussão racial apenas ao 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Ela é uma data forte, mas precisamos marcar em vários momentos do ano a nossa história. E o 21 de março, em especial, é um convite para os que dizem querer ter uma posição antirracista exercitarem e conhecerem mais dessa luta de séculos”, disse a psicóloga e organizadora do evento, Luciene da Silva Lacerda.

Leia mais: ‘Compromisso inegociável’, diz deputado do AM sobre antirracismo
(*) Com informações da Agência Brasil

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