Inory Kanamari

Inory Kanamari é a primeira advogada indígena do povo Kanamari e uma das vozes mais relevantes na defesa dos direitos dos povos originários. Palestrante com mais de 50 apresentações no Brasil e no exterior, já integrou comissões da OAB-AM e do Conselho Federal da OAB, e atualmente é membra consultora da OAB-RJ (2025-2027). Atuou como consultora no projeto do CNJ que traduziu a Constituição Federal para a língua Nheengatu e foi professora convidada da Escola de Verão da Universidade Metropolitana de Toronto, no Canadá, em parceria com a Participedia.

O tratamento excludente da OAB com advogados indígenas e negros da periferia
É com um misto de tristeza e ironia que abro meu coração. Coração de uma mulher indígena, advogada há quase dez anos, que carrega nos ombros a missão herdada dos ancestrais: lutar contra a dor e a injustiça que esmagam os mais vulneráveis. Dentro da nossa própria casa chamada OAB, essa luta virou p
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A ordem do autoritarismo: impugnação na eleição do Quinto Constitucional é mecanismo de controle
Ah, o Quinto Constitucional… sempre tão aguardado, tão disputado, tão celebrado. E, claro, tão previsível. A cada nova corrida pela cobiçada vaga, lá estão os mesmos rostos, os mesmos sobrenomes, as mesmas alianças de bastidores. Afinal, quem disse que a advocacia brasileira precisa de renovação
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O Manto da Impunidade: Quando o Judiciário se Protege e Abandona a Amazônia
Falar em acesso à justiça no interior do Amazonas é quase uma ironia. Para os povos indígenas, essa promessa constitucional mais parece uma miragem em meio à floresta: algo que se vê de longe, mas que desaparece quando se tenta alcançar. O sistema judiciário, blindado por uma proteção institucional
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A luta dos Warao pela sobrevivência e o reconhecimento de sua cultura no Brasil
Ka tücüna naina. Saudações, leitor(a). Hoje, escrevo com o coração cheio de emoções e lembranças, refletindo sobre o legado e a resistência de um povo que, para mim, representa muito mais do que uma história de luta: os Warao, um patrimônio vivo da humanidade. Tive o privilégio de acompanhar de p
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TJAM apaga identidade indígena em nome da neutralidade?
A invisibilidade é uma violência silenciosa. Ela se disfarça de formalidade, de procedimento, de padrão institucional, e só é percebida por quem, mesmo existindo, é sistematicamente apagado. Como mulher indígena e advogada, falo a partir do lugar de quem vive essa dor diariamente: a dor de existir e,
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As bancas de heteroidentificação e o apagamento das identidades indígenas e negras no País
Ka tücüna naina. Saudações, leitor(a). Hoje, como advogada indígena com experiência no campo jurídico, me sinto compelida a questionar e refletir sobre as políticas de cotas e a maneira como elas têm sido aplicadas nas universidades públicas, particularmente nas bancas de heteroidentificação. Ao l
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Silvia Waiãpi: a mulher que envergonha o povo que diz representar
Quem é Silvia Waiãpi? Essa pergunta deveria ser simples. Mas no Brasil de hoje, onde até a identidade indígena virou moeda política, a resposta se torna um campo de disputa. Silvia se declara indígena do povo Waiãpi. Mas os Waiãpi dizem que ela não é. E quando um povo nega alguém, isso precisa ser
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Universidades públicas do AM e o projeto silencioso de apagar povos indígenas
Na universidade e na sociedade, ainda somos tratados como estrangeiros em nossa própria terra. Enquanto intelectuais brancos falam por nós, somos deslegitimados quando ousamos falar por nós mesmos. Quantas barreiras, quantos silêncios e quantas humilhações custa a uma pessoa indígena ocupar os espaços
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Festival de Parintins: lucro com cultura indígena e exclusão social?
Ka tücüna naina. Saudações, leitor(a). Como advogada indígena com experiência, e uma mulher que carrega com orgulho a luta de meu povo, preciso ser clara: o Festival de Parintins não representa os povos indígenas. Pelo contrário, ele simboliza a exclusão, a apropriação indevida de nossa cultura e
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Giancarlos, Oxford e a porta fechada: quando nem o melhor currículo quebra o muro do racismo
Ka tücüna naina. Frase escrita na gramática kanamari e traduzida para o português significa: Olá, leitor(a). No artigo de hoje, conto a história real de Giancarlos Moreira Gama, negro, periférico — e mestre em Políticas Públicas por uma das universidades mais prestigiadas do mundo: a Universidade
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