Baleia de quase 20 metros encalha em praia do Paraná


23 de setembro de 2021
Baleia de quase 20 metros encalha em praia do Paraná
Pesquisadores posam para foto em frente ao corpo da baleia morta em praia da Ilha do Mel (21.set.21/LEC/CEM/UFPR)

Com informações da Folhapress

CONSELHEIRO LAFAIETE (MG) – Uma baleia-fin (Balaenoptera physalus) foi encontrada encalhada, na tarde de terça-feira, 21, em uma praia da Ilha do Mel, no litoral paranaense. O animal, um macho adulto de 19,5 metros, foi encontrado pela população local em um estado avançado de decomposição.

Esta é a primeira vez que uma baleia dessa espécie encalha no litoral do Paraná, segundo registros do Laboratório de Ecologia e Conservação de Mamíferos e Répteis (LEC) do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR (Universidade Federal do Paraná).

“Essa população do Oceano Atlântico Sul ainda é pouco conhecida, a gente demanda muita informação científica, então cada encalhe dessa espécie é uma fonte de informação incrível”, explica a bióloga Camila Domit, coordenadora do LEC.

A equipe do laboratório coletou materiais biológicos para realização da necrópsia, que busca descobrir a causa da morte e a idade do animal. Além disso, as análises podem contribuir para um conhecimento mais aprofundado da espécie.

“Nas coletas que nós fizemos, encontramos uma alteração cardíaca nesse indivíduo e aí precisamos complementar as análises para entender o quanto essa problemática está relacionada com a causa da morte”, diz Domit.

Segundo a pesquisadora, como o animal foi encontrado em estado de decomposição avançada, é mais difícil de entender de maneira completa a causa da morte.

A baleia-fin é a segunda maior espécie encontrada nos oceanos, atrás apenas da baleia azul, e faz parte tanto da lista brasileira quanto da mundial de animais ameaçados de extinção.

Nos últimos anos, os registros de animais marinhos, como baleias, golfinhos, tartarugas e aves marinhas, encalhados no litoral brasileiro vêm crescendo.

“Tem sido algo muito mais frequente do que nós esperávamos e gostaríamos, porque estamos falando, em geral, de espécies ameaçadas de extinção, espécies que já estão em tamanho reduzido e são submetidas a diferentes tipos de impactos, principalmente antropogênicos”, afirma a pesquisadora.

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