Balsa bate em casa flutuante e quatro pessoas desaparecem no AM


Por: Thais Matos

17 de janeiro de 2025
O acidente aconteceu na Comunidade Urubatuba, no município de Manicoré (a 332 quilômetros de Manaus) (Divulgação)
O acidente aconteceu na Comunidade Urubatuba, no município de Manicoré (a 332 quilômetros de Manaus) (Divulgação)

MANAUS (AM) – No começo da manhã desta sexta-feira, 17, por volta das 5h, um empurrador com um comboio de balsas colidiu com uma casa flutuante e quatro pessoas da mesma família desapareceram. O acidente aconteceu nas imediações da comunidade de Urumatuba, na zona rural do município de Manicoré (a 332 quilômetros de Manaus).

Segundo informações da secretária de Meio Ambiente do município, Martinha Pereira, estão desaparecidos: Talita Ferreira e os três filhos dela, de 1, 3 e 5 anos. Eles estavam dormindo no momento em que a balsa passou por cima do flutuante.

A Prefeitura Municipal de Manicoré informou, em nota, que notificou a Marinha do Brasil, por meio da Agência Fluvial de Humaitá, para conduzir as operações de busca no local. “A administração está mobilizando todos os órgãos competentes, incluindo a Marinha do Brasil, Defesa Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, e colocou sua equipe de governo em estado de alerta para oferecer o suporte necessário às equipes de busca e para garantir a responsabilização dos envolvidos”, diz o comunicado.

Buscas

Ainda de acordo com a titular da pasta, brigadistas do município e equipes das polícias Militar e Civil já estão no local para iniciar as buscas. O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) informou, por meio de nota, que uma equipe de mergulhadores foi enviada ao local para realizar buscas dos desaparecidos.

“O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) informa que na tarde desta sexta-feira (17/01), uma equipe de mergulhadores da capital embarcou para o município de Manicoré, para realizar buscas por quatro pessoas de uma família, que desapareceram no rio após uma balsa atingir uma casa flutuante, na comunidade Urumatuba. Após desembarcarem no município, os mergulhadores atuarão no trabalho de localização das vítimas com buscas de superfície e ações de mergulho”, diz o órgão.

Brigadistas auxiliam nas buscas (Divulgação/Prefeitura de Manicoré)

O comandante da Polícia Militar em Manicoré, tenente Miranda, informou que uma das balsas tinha 90 metros de comprimento e 112 contêineres, e que os responsáveis alegaram que a neblina estava muito forte por volta das 5h ou 6h, o que dificultou a visibilidade do comandante da balsa, que só percebeu algo quando ouviu os gritos das pessoas.

“O que parece é que o empurrador estava no lado direito, mas acabou indo para o lado esquerdo. Eles têm equipamentos para navegar mesmo com pouca visibilidade, né? Mas, nesse caso, só a perícia poderá determinar o que realmente deu errado. A equipe fez o que pôde, com ânimo e empenho. Pelo que vimos, o acidente realmente aconteceu da forma descrita, mas ainda não se sabe se as vítimas estão submersas ou se algo passou por cima delas antes do barco virar e boiar”, disse.

Ainda segundo o comandante, os mergulhadores encontraram destroços e até cortaram parte do material embaixo d’água. A suspeita é de que havia zinco no fundo do rio.

“Nós deslocamos o empurrador e fizemos a condução do capitão Magno, do imediato e de um tripulante até a delegacia, onde apresentamos o caso. Nossa parte foi feita. Agora, as buscas continuam, especialmente pela senhora e pelas três crianças desaparecidas”, afirmou.

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Editado por Adrisa De Góes

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