Balsa com mais de 90 mil metros cúbicos de oxigênio vinda de Belém chega a Manaus

Balsa com oxigênio chega para ajudar na escassez do produto junto às unidades hospitalares do Estado (Diego Peres/Secom)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – A carga com mais de 90 mil metros cúbicos de oxigênio vinda de Belém, no Pará, chegou neste sábado, 6, em Manaus, capital amazonense, após mais de uma semana de viagem pelos rios da Amazônia. De acordo com o governo do Amazonas, o insumo é o maior do tipo já destinado ao Estado para abastecer as unidades de saúde no combate à Covid-19.

Veja também: Carga de oxigênio vindo do Pará em direção a Manaus se aproxima de Parintins, no AM

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O material, durante toda locomoção, foi acompanhado pela Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 9° Distrito Naval, que realizou a logística da balsa dedicada da Petrobras. A empresa White Martins foi responsável pelo abastecimento do tanque e também a responsável pelo transporte.

O tanque criogênico saiu do porto de Santos, em São Paulo, num navio da Marinha, com destino a Belém, no Pará, onde foi abastecido com o insumo. A balsa iniciou a viagem da capital paraense até Manaus no sábado passado, 30. Segundo o governo, o material será destinado às unidades de média e alta complexidades do Estado.

Segundo o governo, o volume de oxigênio medicinal disponível somado à produção local da White Martins, cuja média diária é de 30 mil metros cúbicos, é suficiente para atender ao consumo atual (cerca de 86 mil metros cúbicos), que pode chegar a 130 mil metros cúbicos nas próximas semanas.

Escassez do produto

Desde o começo de 2021, o Amazonas enfrenta a escassez do produto, ocasionado pelo aumento do consumo dos hospitais, por conta do crescimento das hospitalizações de pacientes com o novo coronavírus. Na manhã deste sábado, 6, o perfil clínico dos casos de covid-19 no Estado apontou que pessoas com idade entre 20 e 59 anos representam 76%, em média, do número de infectados pelo novo coronavírus.

Em 2021, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o Amazonas registra uma taxa de letalidade por Covid-19 de 5%, ou seja, a cada 100 pessoas infectadas, cinco evoluem para óbito. Conforme o governo do Estado, a taxa é o dobro da média no Brasil, que é de 2,4%. Pessoas com a faixa etária de 60 anos ou mais para ambos os sexos estão na taxa com maior proporção dos óbitos pelo novo coronavírus.

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