Banco Central alinha compromisso ambiental para prevenir economia de possíveis catástrofes

Roberto Campo Neto apresentou condições para auxiliar o desenvolvimento financeiro. (Divulgação/ VEJA)
Wesley Diego – Da Cenarium

SÃO PAULO – O Banco Central apresentou nesta quarta-feira, 15, ações de uma agenda sustentável. A prática vem para alinhar a instituição a outros bancos centrais pelo mundo no compromisso ambiental. A ideia do BC é preparar o sistema financeiro para eventuais choques ambientais.

“Estamos cientes das crescentes preocupações com o desenvolvimento sustentável. Essa agenda é importante porque as questões relacionadas à sustentabilidade têm potencial para afetar as missões da política monetária e estabilidade financeira”, ressalta o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A agenda apresenta condições para auxiliar o desenvolvimento financeiro e mitigar o risco na atividade econômica com problemas climáticos como a atual crise hídrica do País. A diretora do BC Fernanda Guardado acrescenta que a agenda dá segurança ao Brasil para alcançar a economia verde:

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“O objetivo é trazer atenção para oportunidades de desenvolvimento com a transição econômica para uma economia de baixo carbono, alinhado ao Acordo de Paris”, disse a diretora. O Brasil é signatário do Acordo de Paris, assinado em 2015, onde mais de 190 países se comprometem a adotar medidas para redução de emissão de gases do efeito estufa.

Mercado x Mudanças Climáticas

Não é de hoje que as mudanças climáticas afetam diretamente o mercado financeiro. O risco de um racionamento de energia por conta da atual crise hídrica assusta investidores que fogem do País. O efeito imediato é a alta do dólar, inflação e subida de juros.

“No período recente temos presenciado diversos choques climáticos adversos com impactos negativos sobre a inflação. O exemplo: ondas de calor, geadas, secas e outros eventos têm afetado os preços de alimentos e energia, com impactos significativos sobre a inflação brasileira”, exemplifica Campos Neto.

Para Juan Jensen, mestre e doutor em Economia e sócio da 4intelligence, as mudanças de clima afetam diretamente toda a cadeia produtiva: “Todo o aumento de custo na geração de energia impacta o preço ao consumidor e eventualmente algumas empresas podem decidir postergar o investimento produtivo”, finaliza.

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