Banco Central estuda sistema de fiscalização para rastrear ouro extraído de garimpo


15 de fevereiro de 2023
Banco Central estuda sistema de fiscalização para rastrear ouro extraído de garimpo
São as distribuidoras de títulos e valores mobiliários autorizadas pelo Banco Central, as responsáveis, legalmente, pela compra do ouro a partir de informações prestadas, exclusivamente, pelos vendedores (Marcelo Lerner/Reprodução)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – O Banco Central (BC) estuda um novo sistema de fiscalização para rastrear o ouro extraído de garimpos, e também a adoção de notas fiscais eletrônicas para supervisionar essa atividade.

A informação consta de uma manifestação apresentada pelo BC ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos autos de uma ação proposta pelo Partido Verde (PV). A legenda questiona trecho de uma lei de 2013 que possibilita a compra de ouro na base da boa-fé.

Na manifestação, o Banco Central esclarece que as regulamentações especiais são referentes à extração e ao regime tributário de comercialização do metal.

Assim como o BC, a Agência Nacional de Mineração (ANM) também foi questionada pelo STF na mesma ação sobre o comércio de ouro de garimpo ilegal (Leo Otero/MPI)

A autarquia explica que o ouro pode ser utilizado como mercadoria, instrumento cambial e ativo financeiro, cabendo ao BC fiscalizar apenas quando trata-se do último caso.

São as distribuidoras de títulos e valores mobiliários autorizadas pelo Banco Central, as responsáveis, legalmente, pela compra do ouro a partir de informações prestadas, exclusivamente, pelos vendedores. Essa é justamente a atribuição questionada na ação do PV.

Agência Nacional de Mineração (ANM)

Assim como o BC, a Agência Nacional de Mineração (ANM) também foi questionada pelo STF na mesma ação sobre o comércio de ouro de garimpo ilegal. A agência informou que é membro definitivo da principal rede institucional brasileira sobre o tema, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro.

Em nota, a ANM informa que, dentro da agenda estabelecida pelo grupo, teve destaque a ação que buscou aprimorar a supervisão da lavagem de dinheiro na atividade de mineração e de comércio de metais e pedras preciosas. O tema passou a compor a Agenda Regulatória 2022/2023 da ANM.

Na terça-feira, 14, a Polícia Federal deflagrou uma nova operação contra o comércio de ouro ilegal em Roraima. A Operação Avis Aurea investiga a movimentação de mais de R$ 420 milhões relacionados ao financiamento ilegal do ouro na Terra Indígena Yanomami (TIY).

(*) Com informações da Agência Brasil

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