Banco Central prevê declínio de 6,4% no PIB em 2020 por conta da Covid-19

Da Revista Cenarium*

Brasília – O Banco Central (BC) revisou sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2020 e passou a projetar uma retração de 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB) de acordo com relatório de inflação divulgado pela Instituição, nesta quinta-feira, 25. 

Anteriormente, a expectativa do Banco Central era de estabilidade para o PIB neste ano, no entanto, a revisão da estimativa decorreu dos impactos da pandemia do novo Coronavírus na economia brasileira.

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“a alteração da projeção está associada, essencialmente, ao avanço e à duração da pandemia da Covid-19 em território nacional, com a consequente adoção, a partir da segunda quinzena de março, de medidas de isolamento social no país”, afirma o BC.

A expectativa da Instituição é pior do que a estimativa do Ministério da Economia, que prevê um recuo de 4,7% da atividade neste ano. Já os economistas consultados pelo BC na elaboração do último Boletim Focus estimavam queda de 6,50% para o PIB.

Segundo o BC, a projeção para o PIB anual considera que o recuo no segundo trimestre será o maior observado desde 1996, início do atual Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.

O relatório apontou ainda que espera que a contratação da atividade econômica no segundo trimestre deste ano “seja seguida de recuperação gradual nos dois últimos trimestres do ano, repercutindo diminuição paulatina e heterogênea do distanciamento social e de seus efeitos econômicos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1% em 2019. Trata-se do desempenho mais fraco em três anos. E, nos primeiros três meses de 2020, foi registrada uma retração de 1,5% na economia brasileira.

Corte na taxa de juros em 0,75% e Selic vai para 2,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu em de forma unânime cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75%. Com o novo corte, feito na semana passada, a taxa caiu para 2,25% ao ano, uma nova mínima histórica.

A decisão do Banco Central foi tomada em um momento de forte contração do nível de atividade da economia no Brasil e no mundo, provocada pela pandemia da Covid-19. O corte da taxa de juros aumenta a liquidez nos mercados para tentar sustentar a demanda e limitar a queda no PIB.

(*) Com informações da Agência Brasil

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